"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Imagem do Espaço (Tese)

Dizia o poeta sobre o mundo:
"Tudo aqui é antes de mais nada
um esforço de imaginação"
E naquele quarto, entre 4 paredes
Tudo parecia flutuar!

Que se esgotassem as imagens
(Não a simétrica, mas as de fantasia)
Fantasticamente viveriamos
Um mundo opaco, sem raios, nem luz.

Sendo o espaço coisa viva
É a imaginação (nossa, de todos) que preenche o espaço
E desse esforço de pensamento
Vive-se o espaço da ilusão.

(David)

Do pensamento (Anti-Tese)

Entre contornos
Dentro dos espaços
(De seu quarto, de seu pensamento)
Esta sua vida.

Circuscrito de memórias
Preso na redoma de suas lembranças (de seus aprendizados)
Esforce-se no devir
"Entreabra-se"

Zombe das linhas
(Des)geometrize as retas, os angulos.
Faça diante de ti recuar o espaço
Para que o "ser meditante"
Desdobre-se (Como o desabrochar de uma flor).

(David)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ruídos do Passado

Ontem, certos homens,
Estrebuchavam-se uma última vez
Executavam seus derradeiros esforços diários,
Seus últimos artefatos.

Hoje, neste mundo imenso,
Eles formam, no conjunto do tempo,
Apenas mais um ruído entre o turbilhão.

No rolar dos séculos
Quiçá dos milênios
Destinados a apagar-se (completamente)
Como se nunca tivessem existido,
Surge algo, alguém:
Uma ciência, cientistas,
Que em seus esforços
Buscam compreendê-los!

(David)