Vento, vento, ar fresco
Sonhos, sonhos, afresco
Vida, fonte, monte
Varandas da vida
Linda como fonte
De monte no pensamento!
Sol, lago e mar
Natureza, homem, cidade
Estada de ida, ou de breve passagem
Margem, rio, largo, vida, minha!
Nunca, desespero, jamais
Vida, perceba-a, sinta, reflita
Posse! De que? de nada?
Posse, de vida, sabedoria!
Fonte incessante de harmonia
Varandas da vida
Sinta e viva!!
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
sábado, 15 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
HAITI
Foram monstros saidos do inferno
Beberam vossos sangues e depois tiraram sarro
Beberam vossos runs na sala do esculacho
Então me calo para também não me ferrar
Na falta de amor, não há o que contar
Quando olho a falta de dentes
E um sorriso pálido
Diante a lama e o lixo
Brincam as crianças e enterram seus velhos
Os adultos contrários e contraditórios
Se amontoam em feiras, beiras e becos
Dístituidos de se lamentar
Lamentam-se por não ter onde morar
Fogo cruzado e conflito social
Explorados, reflexos do mal
Escravizados pelo orgulho central
Viviam entre cruzadas e chibatas
Pintavam a América de negro
E por onde iam, infelizmente,
Lhe acompanhavam o vermelho
E como feitiço, na bela ilha
O verde se acabou
A criança chora e a mãe se debate
O lixo os consomem
E eles consomem o seu lixo
Desculpem o meu trocadilho
Mas, não faço isso por rimar
Talvez, vontade imensa de chorar
O esgoto é o amigo da rua
E a casa a figura de vossas ruínas
Lembrem! Se há o que lembrar
Que eram guerreiros
E foram os primeiros das Américas
A se libertarem!
(David - 04/07)
Beberam vossos sangues e depois tiraram sarro
Beberam vossos runs na sala do esculacho
Então me calo para também não me ferrar
Na falta de amor, não há o que contar
Quando olho a falta de dentes
E um sorriso pálido
Diante a lama e o lixo
Brincam as crianças e enterram seus velhos
Os adultos contrários e contraditórios
Se amontoam em feiras, beiras e becos
Dístituidos de se lamentar
Lamentam-se por não ter onde morar
Fogo cruzado e conflito social
Explorados, reflexos do mal
Escravizados pelo orgulho central
Viviam entre cruzadas e chibatas
Pintavam a América de negro
E por onde iam, infelizmente,
Lhe acompanhavam o vermelho
E como feitiço, na bela ilha
O verde se acabou
A criança chora e a mãe se debate
O lixo os consomem
E eles consomem o seu lixo
Desculpem o meu trocadilho
Mas, não faço isso por rimar
Talvez, vontade imensa de chorar
O esgoto é o amigo da rua
E a casa a figura de vossas ruínas
Lembrem! Se há o que lembrar
Que eram guerreiros
E foram os primeiros das Américas
A se libertarem!
(David - 04/07)
Brixton, Bronx
O que as paredes pichadas têm prá me dizer
O que os muros sociais têm prá me contar
Porque aprendemos tão cedo a rezar
Porque tantas seitas têm, aqui seu lugar
É só regar os lírios do gueto que o Beethoven
Negro vêm prá se mostrar
Mas o leite suado é tão ingrato que as gangues
Vão ganhando cada dia mais espaço
A poesia não se perde ela apenas se converte
Pelas mãos no tambor
Que desabafam histórias ritmadas como único
Socorro promissor
Salve o samba, hip-hop, reggae ou carnaval
Cada qual com seu Jorge Bem
Salve o jazz, baião, e os toques da macumba
Também
Da macumba também
Marcelo Yuca, Nelson Meirelles, Xandão / Marcelo Falcão / Marcelo Lobato
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