Foram monstros saidos do inferno
Beberam vossos sangues e depois tiraram sarro
Beberam vossos runs na sala do esculacho
Então me calo para também não me ferrar
Na falta de amor, não há o que contar
Quando olho a falta de dentes
E um sorriso pálido
Diante a lama e o lixo
Brincam as crianças e enterram seus velhos
Os adultos contrários e contraditórios
Se amontoam em feiras, beiras e becos
Dístituidos de se lamentar
Lamentam-se por não ter onde morar
Fogo cruzado e conflito social
Explorados, reflexos do mal
Escravizados pelo orgulho central
Viviam entre cruzadas e chibatas
Pintavam a América de negro
E por onde iam, infelizmente,
Lhe acompanhavam o vermelho
E como feitiço, na bela ilha
O verde se acabou
A criança chora e a mãe se debate
O lixo os consomem
E eles consomem o seu lixo
Desculpem o meu trocadilho
Mas, não faço isso por rimar
Talvez, vontade imensa de chorar
O esgoto é o amigo da rua
E a casa a figura de vossas ruínas
Lembrem! Se há o que lembrar
Que eram guerreiros
E foram os primeiros das Américas
A se libertarem!
(David - 04/07)
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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