"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Chocolate

O chocolate é como a vida...

Há momentos que experimentamos
O seu sabor amargo
Mas, quando queremos
Degustamos seu doce inesquecível

Assim como a vida
O chocolate tem sabores e cores
Dias são negros
Noites são brancas
Podemos apimeta-lo
Ou comer com um simples morango

Não importa sua escolha
Ou qual momento está vivendo:
Amargo, doce, branco ou negro
O chocolate como a vida
Sempre nos oferecem
Momentos de maravilhas!!

(David-28/09/09)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Eu só queria te oferecer uma rosa,
Um perfume, um bolo de milho,
Um abraço e um beijo.

João 23/09/2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A realidade, a percepção e o saber

A realidade

Frente aos olhos
Por de trás da imaginação
Sob as mãos da sensibilidade
Vivemos na realidade
Mecânica e perfeita
Obra inteira e semiológica
Da relação entre o homem e a natureza

A percepção

Como fina areia,
A realidade escapa-nos
Pelos vãos dos dedos
O pouco que sobra
Entre as parcas dobras da mão
É a nossa percepção
Da realidade
Infinita da natureza

O saber

O que fazer com a sobra da percepção?
Transformar de novo em realidade
Realidade humana que escapa do sensível
E através do método
Torna-se científico
É o saber da realidade
Compreendida pela percepção
Convenção estranha e imperfeita
Da realidade infinita
E metafísica da natureza!

(Quadros de Natureza - David - Setembro/2009)

Novos Haikai's

Passarinhos cantam
Ao amanhecer
Do belo acordar


Luz infinita
Do amor impossivel
Ilusão universal

Lua sóbria
Nuvens cinzentas
Manhã de chuva

Acordo criança
Levanto adolescente
Pelo leito da vida

domingo, 13 de setembro de 2009

Porque sou assim

Começo, escrevo, lembro,
Como nunca esqueci aquele olhar meigo,
Nunca deixei que esvaisse de minha mente, coração.

Porque sou essa emoção, esse coração, romance em desunião.
Sou esse caminho, essa escolha imposta.
E não há o que fazer a não ser,
Sentir e reprimir, nunca.

Sentir e sentir, porque sou essa emoção.
Essa lembrança,
Você em meu coração.

Porque faz tempo e você nele mora,
Você se fez morar em pobre lugar.
Porque sou esse coração, essa ilusão.
Você, linda, um sonho,
Em um fôlego, porque sou chagas.

E a chaga é a minha lição,
Meu moinho que gira em meu peito,
Trazendo a força motriz,
Que me leve, mesmo sem sorrir.

Porque não tenho sorriso,
Engano e me engano.
Tento, mas te guardo, porque adoro te guardar.
Tua lembrança em mim sempre a brotar.
Porque rego, cuido e cultivo,
Você, porque sou o agricultor, colheita de dor.

Porque a semente não é agora de amor,
É a semente do agricultor que planta a dor.
Mas eu cuido e cultivo e te rego e bendigo.
Te quero, te adoro, acho que amo.

Porque sou pensador,
No amor que traz a dor,
Porque me lembro e quero e penso.
Me lembro, me doe e doe.

Porque gosto, mas sofro, queria e não tenho,
Porque quero e não tenho, me lembro.
O pensamento, você, porque escolho e quero.

Porque odeio não te ter, mesmo na dor,
Odeio não te ter, odeio não doer.
Porque sou assim, você.

João 13/09/2009