Começo, escrevo, lembro,
Como nunca esqueci aquele olhar meigo,
Nunca deixei que esvaisse de minha mente, coração.
Porque sou essa emoção, esse coração, romance em desunião.
Sou esse caminho, essa escolha imposta.
E não há o que fazer a não ser,
Sentir e reprimir, nunca.
Sentir e sentir, porque sou essa emoção.
Essa lembrança,
Você em meu coração.
Porque faz tempo e você nele mora,
Você se fez morar em pobre lugar.
Porque sou esse coração, essa ilusão.
Você, linda, um sonho,
Em um fôlego, porque sou chagas.
E a chaga é a minha lição,
Meu moinho que gira em meu peito,
Trazendo a força motriz,
Que me leve, mesmo sem sorrir.
Porque não tenho sorriso,
Engano e me engano.
Tento, mas te guardo, porque adoro te guardar.
Tua lembrança em mim sempre a brotar.
Porque rego, cuido e cultivo,
Você, porque sou o agricultor, colheita de dor.
Porque a semente não é agora de amor,
É a semente do agricultor que planta a dor.
Mas eu cuido e cultivo e te rego e bendigo.
Te quero, te adoro, acho que amo.
Porque sou pensador,
No amor que traz a dor,
Porque me lembro e quero e penso.
Me lembro, me doe e doe.
Porque gosto, mas sofro, queria e não tenho,
Porque quero e não tenho, me lembro.
O pensamento, você, porque escolho e quero.
Porque odeio não te ter, mesmo na dor,
Odeio não te ter, odeio não doer.
Porque sou assim, você.
João 13/09/2009
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
domingo, 13 de setembro de 2009
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