"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Reflexão

Segurando minha mão suada e trêmula, sintomas claros do receio que corria em meus vasos, meu Pai disse: Vá filho, estarei contigo. Me abraçou, e mais uma vez me disse aos ouvidos: Filho, confia na Lei, confia na natureza, ela te envolve e nela estarei a te envolver. Como se uma rejada de Paz invadisse meu espírito, dominasse meus sentimentos, comecei a me sentir mais aliviado, mais confiante e seguro, e em uma superação sem igual disse ao meu Pai: Pai, me fortalece com sua presença, esteja ao meu lado para não falhar, me envolve sim, mas também enchuga minhas lágrimas, pois a tormenta se fará no planeta da ignorância. Seja meu apoio no momento da dor, mas também seja meu alívio no momento do sofrimento. Vou-me Pai, em seu nome.
E assim caminha o ser que procura com a Lei se envolver, a natureza respeitar e o irmão ao lado amar. "Assim, aquele que tem olhos para ver verá e aquele que tem ouvidos para ouvir escutará, pois são muitos os chamados e poucos os escolhidos."
Assim caminha aquele que da dor quer se livrar, seu egocentrismo eliminar e campo altruista conquistar.
"Assim será, pois nenhuma ovelha se desgarrará."

João 25/02/2008

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Do Outro Lado da Lua

Era dia de luz inebriante
Os passaros pareciam cantar
Ao ritmo lúcido da brisa do mar
Era dia de sol flamejante

Ja se fazia iluminar
Os estreitos fachos de luzes
Que flutuavam velozes
Sobre a pequena fresta da janela
Do garoto que morava naquele pobre lar

A noite passará
Como um garoto que desce em um corremão
Mistura de aventura e medo
Deslizando no escuro sem proteção

Sonhará diferente aquela noite
Mal podia recordar tal lembrança
Mas sabia que aviso maior recebeste
Naquela peculiar noite de domingo

Com os olhos estalados de vigília
O garoto pois se a esforçar-se
A lembrar de um princípio de recordação
Que preservasse um pouco daquela visão

Sentia receio de não haver lembranças
Mas tinha em seu íntimo uma sensação
Que preservará do momento que acordou
Sem poder lembrar de apenas uma imagem!

Antes de dormir, porém!
Lembrou que refletiu muito sobre a lua
Que se fazia aparecer pela estreita brecha da janela
Era lua crescente, parte iluminada, parte obscura...(continua)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Aujourd´hui

Aujourd´hui, je suis plus un
Aujourd´hui, je crois qui rien suis
Je vois resplendisser la lumiére
Je n'ai pas peur de voir

Hoje sou mais um

Hoje creio que nada sou
Vejo resplandecer a luz
Não tenho medo de enchergar (David)

Avec Moi

Agora em francês esperando sugestões ou correções.

Avec moi, j' ai gardé l'amour
J'ai gardé amour qui n'est pas facile de trouver
Comme je gardé ma espérance
Espérance que j'ai de toujours aimer!

Comigo tenho guardado amor
Guardado amor que não é fácil de achar
Como guardo minha esperança
Esperança que tenho de sempre amar!(David)

Os três meninos soltando pipas

I
Um sonho pode ser tão belo quanto uma pipa
Sonho de menino em tarde de Agosto
Mesclavam inoscência sem ar de desgosto
O vento soprava o sonho em movimento...

Diz o menino, como diz toda criança
Falando sem perceber com a voz do coração:
São três pipas no céu
Aquela que chegar às nuvens primeiro
Estará mais próxima de DEUS!

As pipas se agitavam todas a circular
Enroscavam umas as outras
Como se faz formar confusão em sonho
As belas pipas entrelaçadas
Se reduzem brevemente em decepção infantil!

Os pobres garotos recolhem as pipas
Recolhem as crianças seus pobres sonhos
Sejam eles bonitos como pipas
Causam a eles tamanha ilusão
Como os três versos dito pelo menino!

II
O desencanto de um sonho
É o despertar cálido do amanhã
Romperam-se as linhas das pipas lá no céu
Termiram os desejos inocentes de menino

Eram três crianças naquela tarde de agosto
O que restaram delas nesse ano?
Sonhos esmiuçados por ilusão
O ar inocente fatalmente tornara-se desgosto

Eram três, os mesmos do ano que se forá
Mas não eram mais três inocentes crianças
Nem três lindas pipas à rondar as portas do céu
Eram três, três pipas, três desgostos, três desejos

Os três sonhos que eram apenas um naquela tarde...
São três sonhos egoístas nessa nova tarde nebulosa
São três jovens corrompidos
São três delinquentes com pipas de cerol

Uma sobrevoa a outra a fim de subjulgala
A terceira aguarda o triunfo do vencedor
Diz o mesmo jovem, como diz o adolescente:
São três pipas no céu
Aquela que for mais rápida e cortante
Ganha as outras duas como prêmio

As pipas se agitavam embravecidas pelo céu
Já não alçavam em direção a DEUS
Não tornaram-se mais decepção infantil
Ao menos nos olhos do vencedor
Provocara o veroz instinto de competição! (David)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A fruta laranja

A fruta laranja que por dentro tem semente
e por fora é grande e verde.
A fruta laranja que não é laranja,
mas por dentro é laranja.

A fruta laranja que o caule não sustenta,
pois mole e fino o é sendo seu braço
o solo forte a segurar.

A fruta laranja grande e comprida,
a fruta laranja que nasce da flor laranja,
a fruta laranja cujo a semente se come,
e seu broto na sopa cozinha.

A fruta laranja que por dentro é laranja,
e não é laranja, a fruta laranja dá doce,
como laranja e não é laranja.

A fruta laranja com côco é uma delícia,
depois de com açucar cozinhar,
e também com queijo não deixa a desejar.
A fruta laranja que cresce pro lado.

Tiro meu chapéu, a quem descobrir,
que fruta laranja é essa,
que cresce pro lado e não me deixa dormir.

João Tozzi 08/02/2208

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Utopia de Carnaval

"Fecham-se as cortinas, o espetáculo termina, toda a fantasia já é passado, começamos o novo ano e com ele a esperança de mudança. Por que sempre pensamos em melhorar o que já é bom? Somos mal agradecidos? Não! A vida só é intensa ao passo que buscamos ideais. O carnaval nos transporta a êxtase, mas a depressão sempre a acompanha e devemos saber lidar com ela para que no ano seguinte possamos finalmente alcançar o inalcançável!"

(Ciro Pires)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

mais uma colaboração inédita!

Olá, pessoas.

Não sei se vocês se lembram que eu havia dito que a Pri escreveu um poema. E eu acho que ele deve vir pro Devaneios, afinal, esse lugar precisa de mais toques femininos!

Aí vai..

Cansada.....
Como quando se tenta encontrar
a resposta que não se pode achar
e se sente por fim abater
pela dor de tentar entender
e apenas mais se questionar
estou farta de nunca saber
de apenas tentar acreditar
que se não foi não era pra ser
que algo melhor está para acontecer
que alguém melhor está a me esperar

O tempo consome a fé,os fatos, a esperança
e quando se olha pra trás e vê
o sorriso que se perdeu,o beijo que já não é meu
e se tenta encontrar o porquê
do que não foi e poderia ser
é difícil se ver e julgar
é mais fácil então se acanhar
se esconder da razão e fingirque acredita que foi melhor assim
e que a culpa não cabe a você
pois, se não foi, não era pra ser

Não há lágrimas mais em meus olhos
este pranto outrora chorei
não há tristeza ou rancor em meu peito
pois também já me perdoei
mas confesso, com sinceridade,
apesar da talvez pouca idade
que embora não esteja magoada
nem me sinta deveras deprimida
estou realmente cansada
dos desencontros dessa vida
e me sinto penalizada
e me vejo sem saída.

(Priscilla Esteves Franco)
Nossa! Acharia eu, eu mesmo agora escrever prosa? Pois arrisco, pois se não for hoje mal sei quando será! Bem agora digo de coração tudo que sei sobre esse nefasto mundo. Mundo esse onde todos gritam, mais ninguem se faz ouvir. Bonito isso! Mas não é meu, de quem é?
As arvores entonam aquilo tudo que precisamos sentir. O reggae, linda melodia das coisas infinitas, infinitas, incontrolaveis, não mata ninguém, sem apologia do mau, lavagem cerebral sobre o bem.
Somos capazes de fazer o mal sabendo o que estamos fazendo? Precisamos mais de respostas ou perguntas, Entende o que digo, talvez não! mais irá voce, mulher, homem sincero procurando fugir do ego, agora me julgar? Arrisca-te pelo menos uma vez, quem achas que é? Pessoas evoluida, homem pacato, mulher sicera, vulgar? Quem somos quando achamos respostas para descrever apenas nossa personalidade. Seria tão fácil se fossemos humildes, mas não somos, nem eu, nem tu, nem voces todos juntos, falando mal de todos achando que somos melhores. Melhores que ninguém, assim me sinto melhor, pois tento eu agora ser justo comigo mesmo, raro momento de hipocresia.
O que é se expressar sem correr risco algum de ser reprimido? É a vontade, talvez eterna de sentir o que se fala, sem fracassar no que se entende! Nada do que digo agora serve para alguma coisa, mas mesmo assim digo, pois foi me dado a oportunidade. Não vou blasfemar, diga o que pensa, plante! mas plante fundo, se a raiz não for funda, tudo vai pelos ares. Não tenha medo de dizer coisas erradas, pois assim é que se apreende, mas não insista naquilo que sabe que é errado! Aja com o coração, ora certo, ora errado, se julgue sem preconceito, assim aliviára constante dor no coração. Falei tudo que penso agora, mas nem por isso, depois de escrever tais coisas deixarei de pensar, mas o esforço que fiz agora, talvez fique para o todo sempre, sem importancia alguma.

Sobre todas as letras... Sobre a verdade que se torna falsa

Diálogo frenético
Questões mal resolvidas
Esparso tempo! reflexão!
Poetas? Mal goro?

Irene bonachona!
Ou será Pedrão?
Digo que penso
Dialógo com a questão

Aí se pudesse ser!
Diria logo o que sinto
Falaria o que penso
Mas tudo de forma sintética

Quebro o gelo
Ouço calado
Vejo no escuro
Hoje, um dia será amanhã

Na cálida noite
Amanhece o dia
Passarinhos, cantam, cantam
Que música é essa?

Aqui escrevo
Versos, um pouco mais
Formam até poemas
Difícil de entender

Quatro, mais quatro
São oito!
Oito ao contrário
Forma o infinito
Já pensaram nisso?

Questiono o inquestionário
Reflito hoje como espelho
Pena não absorver
Coisa alguma!

Melhor assim!
Poderei ser mais erroneo
E também incapaz
Assim não poderei mais
Escrever palavras vazias

Poxa!
Quantos anos
E aqui estou
Pensando
O que pensarei daqui
Um ano!

Olho e tudo vejo
Vejo agora
Amanhã verei outras!
Porque?
Por que a luz brilha
E brilha diferente
Todos os dias

Amanhã como estava dizendo
Será mais um dia
Que mal sei como será
Pensar no futuro
Viver no presente
Ou lembrar do passado?

Hoje! passou...
Se foi
Aproveitei?
Acho que sim
Tenho eu certeza de algo?

Deleito no impensável
Escrevo palavras fáceis
Pois, eu, mal sei escrever
Impulsiono condições
Incontroláveis!

Versos, versos, verso...
Parelhos uns aos outros
Sem nada entender
Assim, gosto mais!

Não menosprezo as rimas
Tampouco palavras reflexivas
Apenas enjôo em velas
Tão parelhas assim!

Arrisco tudo agora
E se tudo se forá
O que será de mim?
Nada! Nada
Pois nada sou
Sério, aqui tudo é pequeno
O que são poucas palavras?

Penso, penso, penso
Será que existo?
Existo...
Pelo menos uma vez

Um dia me disseram do Umbral
Mal sei sobre isso
Só sei que um lugar
Mas não muito bom!
Talvez o sejá
O que vem a ser bom?
Não sei sobre filosofias
Mas sei que as letras
Sempre dizem algo
Sobre aquilo que ninguem
Quer espressar! (David)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Barrotês na Literatura

Irene

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:

— Licença, meu branco!

E São Pedro bonachão:

— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.


(Manuel Bandeira)


São Pedro bonachão! =)