"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O forte caido

Nas águas profundas de meus pensamentos, mergulho e afundo, me perco me afogo. Procuro, procuro...não acho. A cada investida apenas a escuridão se fazendo vilã em um ser que ainda não sabe o que realmente é andar na luz de maneira clara e objetiva. Procuro, procuro...não acho. Acho que quero, mas no fundo sem a certeza clara que me ajudaria nas profundas águas de meus pensamentos perdidos. Procuro e encontro...uma pessoa...quieta e gélida, é o que parece. Sua vida é tranquila, assim é que me mostra e afirma. Me apresenta e me fala, pelo silencio da fuga. Ainda eu estático frente ao meu mais intimo sentimento de anciedade. Agora espero...espero...espero e nada. Paciencia esgotada. Oferecia meus melhores botões das rosas crescidas com apenas o amor. Apenas...Me entorpeço, caio, caio e afundo...corro, corro e fujo...A cada passo chego mais perto e vejo que a fuga nada ideológica é sinônimo de ignorancia própria. Agora sim...acho que achei, uma forma mais suave de ela esquecer. Cantarei e ainda oferecerei meus mais magníficos lírios que com muito carinho criei.
João Tozzi

terça-feira, 27 de novembro de 2007

O Grande Elefante

Parte I- O Domador de Elefantes

Em uma profunda viagem astral
A mulher escolhida viste o mensageiro
Tinha a aparência de um grande animal
Sobre uma luz branca livraria o mal do mundo inteiro
Em sua passagem ao planeta terreno
Nasceu em berço de ouro envolto a riqueza e dinheiro
Sabedoria transformada em desespero
Diante dos muros de seu próprio reino
Exclamou em desilusão!
Após uma intensa revelação
Um mendigo prostrado de fome e doença
Despertará novos rumos a sua visão

Quase decaído infortúnio!
Sacou um trapo de pano e um pedaço de pão
Movendo-se por estranhas sensações
Originando em seu consciente incipiente contradição
Aos olhos do mundo
Sentiu as dores dos flagelados
Esguiou-se como bicho no mato
Vencendo as aflições e os maus grados
A intensidade de sofrimento
Deturpava seu corpo por inteiro!
E junto aos outros andarilhos
Aprendia a arte do esquecimento
Esquecia-se as dores do mundo
Esquecia-se as necessidades corporais
Esquecia-se as palavras e sentimentos
A cada movimento um ar de morte e desespero!

A admiração a tamanha opressão do eu
Reconhecia-se no olhar do povo
Que se resguardando em vida cotidiana
Davam esmolas ao futuro Narayana*
Após esvaziar-se de lucidez
O caminho se tornará pedregoso
E as sensações de aniquilação do eu
Eram apenas sensações contraditórias
Esvairado e só
Sentiu profunda solidão
E entendeu que o aniquilamento
Não se transformará em evolução!

Parte II – O Despertar do Grande Elefante

Mediante ao fio que rege
O equilíbrio entre a sanidade e a loucura
O despertar do grande animal
Se revelou novamente sobre forma astral
Compreendendo as ilusões do mundo
O homem nunca estimularia o sofrimento
Sem antes trilhar por vários caminhos
Rompendo a sucessão de nascimentos
Conversou com as arvores
Olhou as estrelas, delas um enorme prazer
Sentia-se feliz e não sentia-se culpado
Alegrava-se a cada instante e a cada olhado!
Caminhava incessantemente
Procurando nada encontrar
Olhava as arvores e via apenas arvores
Cantavam os pássaros em santificada entonação!

Entendeu que a vida em seu reino
Quando jovem ainda era
Servirá a tamanha semelhança
A sua vida de penúrias e flagela mentos
Ambas mostraram a capacidade de controlar
As próprias reflexões e pensamentos
Sentimentos incontroláveis!
Diante das inconstâncias do espírito no firmamento
E pensou que pensava por ele
E sofreu sofrendo por ele
E falou falando por ele
E sentiu sentindo por ele
A porta estava sempre fechada
Diante do orgulho obscuro em atos
A porta fechava-se
Quando tentamos ser o que não podemos!

E apreendeu que tentar ser
Era a grande ficção humana
Quando a ilusão de seu próprio eu
Reside oculta no abrigo de sua alma
A vida é um jogo de cartas marcadas
Iludida pela cegueira cotidiana
No qual nos guiamos por sombras
Em um cenário de maya*
Permitiu-se a pensar mais uma vez por ele
Depois tentou pensar pelo universo
Ainda não apto a conseguir
Considerou que o caminho era longo a eterna união!

Parte III- Alcançando a União

Percorreu ele, então, inúmeros paises
Trilhou profundamente caminhos psicológicos
Elementou que a verdade era considerada uma
E que seu ser residia na unimultiplicidade
Pavimentou os caminhos do subconsciente
Fez passar por eles pensamentos incipientes
E como quase por um impulso
Pensou na incessante roda da vida
Recomendou a si mesmo:
Que cada ato, ação e objeto
Nada mais são que um conjunto de fatores
Que se alojam na mesma espiritualidade
E quase alcançando a verdade eterna
Pôs ele a adormecer
Arrebatado em alma por uma tromba de elefante
Percorreu inúmeros planetas infantes

Viajando pelas vias conectivas do universo
Chegou a um planeta em formato de rosa
Dos Botões do planeta milhares de pétalas inalteciam-se
E não havia de fato! Separações naquele local
Tudo se interligava em profunda admiração
Os botões com seu néctar doce, alimentava os visitantes
As pétalas eram um incrível caminho a percorrer
E o planeta todo vivia em profunda reflexão!
Pegando uma carona sensacional
Agarrou-se nas asas de uma borboleta
E saindo naquela rosa astral
Reparou ao longe que não era um planeta
Enquanto a distancia pronunciava-se
Observou inúmeras rosas igual aquela
E logo percebeu que não eram astros
Mais um belo e perfeito roseral

Alcançando novamente seu corpo
Pela incrível carona de uma borboleta
Pois se a despertar de forma distinta
Após um intenso sonho naquela roseta
A mente expansiva não via limites a racionalidade
O pano negro envolto a mentiras
Tornara-se um imenso véu translúcido
Atestando a liberdade do espírito
Lembrou então de forma figurada
Que quando jovem era uma gota anunciada
Levada por suave minuano
Que agora se encontrará ao imenso oceano
Oceano de idéias e compreensão
Interligados a verdadeira união
Escapando da redoma do pensamento
Transcorrendo ao povo a verdadeira religião! (David)

*Narayana, Maya – Palavras encontradas nos livros védicos, Ser Supremo e a Deusa da Ilusão respectivamente!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Esse post aí abaixo foi o primeiro que me atrevo a publicar aqui. Me sinto meio intrigado, afinal, ao postar aqui, se posta para o mundo, hehehe, é fato!

Não foi poesia, mas pra variar vamos de prosa...

Poesia vem em breve, acho...

Até, Luís Otavio

O Ben/maldito Talento

Dom, 25 de Novembro de 2007 – 17:14h - Em Jaguariúna, sentado na varanda de dentro da casa de seu Carlão e Dona Nara. Ao lado do papagaio, que por incrível que pareça, manteu-se calado. Dia preguiçoso, “chuviscante” eu diria.

O Ben/maldito Talento.

Sempre quero escrever as coisas. Quero poder colocar no papel, traduzir em palavras aquilo que me emociona, me intriga, me fere, causa o riso, a tristeza.

Agora aqui estou fazendo isso. Mas sei que faço sem talento.

Eis a minha decepção.

Queria poder escrever como ninguém. Escrever, escrever e escrever, sem limites, com clareza e poesia, mesmo que a escrita fosse em prosa, se é que me entende.

Vem a minha cabeça essa questão do querer e do poder, ou conseguir. Que merda não conseguir quando se quer de verdade. Acho que pra quando se quer de verdade deveria existir uma regra que se deve conseguir essa coisa e pronto. Mas não valeria um quererzinho de leve, é claro, Teria que ser coisa grande, coisa forte, de dentro - do fundo mesmo!

Aí, a gente também lê. Lemos por prazer e aproveitamos para melhorar o tal talento de escrever. E nada…

Ah, também tenho lido pouco demais para conseguir um avanço. Por que tanta ansiedade? Eita!

Tem também as brincadeirinhas, os joguinhos de palavras. Aqueles que a gente lê, acha o máximo e logo quer começar a usar. Mas cadê o talento?

Ora, se aquela coisa escrita com joguinhos agradou foi porque quem a escreveu o fez com talento. Talento nato, eu diria, aprimorado sim com o passar do tempo, é fato.
Também não deve ter sido assim, de uma hora pra outra, sem tentar algumas vezes.

Não sei, posso estar enganado, mas acho que pelo menos das primeiras vezes não deve ter sido assim fácil, mesmo pros talentosos, escrever com talento, será?

Não sei mesmo, afinal vira e mexe tem alguém que chega e impressiona de verdade, logo de cara, de primeira.

É… Talento é talento mesmo…

Tenho talento também para algumas coisas, não sei bem descrever para que.

Aliás essa é outra coisa que me incomoda muito, o fato de não saber descrever algo que me é intrínseco, que vive em mim. Que coisa!

Aí chega um de for a - que te conhece óbviamente - e simplesmente discorre, com a maior facilidade do mundo, sobre as coisas que você jamais conseguiu discorrer. Nomeia aquilo que pra você sempre foi uma incógnita. Seu eu conhecido, mas impossível de ser traduzido em palavras. Fossem elas escritas ou faladas.

Tá aí. Talento de novo. O talento de algumas pessoas, às vezes, parece estranho, ou melhor, incomum.

Mas voltemos a falar dos meus talentos.

Ah, deixa isso pra lá, porque falar dos meus talentos, devo eu mesmo entendê-los bem para saber tirar o máximo deles.

Que estranho. Por que escrever sobre talento? É… sobre talento! Estranho mesmo, é fato. Mas já que veio então foi de uma vez. E foi bom… foi bacana!

Você já pensou nos seus talentos?

É, nem eu. Nunca havia pensado. Pelo menos não assim, com vontade, e porque não dizer, com talento…

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Esta foi a primeira postagem by Luís Otavio

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sonho vivido e um amor incorrespondido

Nesses dias que sonho com aquela que suponho, um dia compartilhar e na minha vida se fazer amar, me torno em mágoa, um romântico nato de comportamento esteriotipado se fazendo mostrar, o coração a sangrar por uma figura divina qual brilho me atina. Assim me torno de natureza sofrida, um amor incorrespondido. Com ela queria que fosse, minha vida dividida. Seu jeito parece frio, seco indiferente, mas assim, tão profundo se faz um dos porques de ela amar. Linda dourada, seu loiro silêncio é um veneno, contamina minh'alma, me torna escravo de uma boca calada. Assim eu passo momentos tristonhos, apenas esperando, você em um sonho.

João Tozzi 20/11/2007

Sentimental

Cabelos dourados, reluzentes do grande Astro,
Lindos brilhantes, seus olhos hipnotizantes,
me envolvem, me embreagam.

Pensamentos intensos, só em você eu tenho,
aqueles dias agradáveis, é só o que eu lembro.

Carinhos selvagens, se fazem amáveis.
Seu sorriso me cobre com amor e carinho,
no coração eu sinto seu toque feminino.

Em sonhos te encontro, com sorrizo bem vindo,
no entanto eu precebo e ao acordar eu lembro,
do subconsciente em lamento, se expressando por inteiro.

É lamentável, esse fato da vida, de dificil lida,
que no fundo se evidencia. Me perco,
me acho, pelo menos eu acho, no entanto eu sei,
que muito perdido é todo ser.

No introspecto me pego lembrando calado.
Lágrimas da saudade nascem e escorrem.
Soluços, necessidade de um ombro sem maldade.
Sorriso, com necessidade de um, eu sou visto.

Flores que amo a você eu dedico,
a você me entrego mais que um amigo.
Um doce beijo, você presenteio,
em lindos lábios que com amor são tocados.

Linda menina, seu toque é mágico,
me entorpece, enlouquece com seu toque suave.
Amada querida, em um instante se fez
importantíssima e bendita na vida de um ser.

Sofro sua falta, suas palavras e convivência,
em um instante percebo sua grande realeza.
Longe está, para sua vida levar. Com grande carinho,
a você eu dedico, muita paz e amor para a felicidade conquistar.

João Tozzi 14/11/2007

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Sonhos

Gostaria, permitido fosse, sobrevoar a esfera, solo bruto e água doce a sustentar um falido corpo de um homem morto. Permitido fosse, observar cada ponto do orbe nosso, que vive como um corpo desfalencendo ao suspiro humano que a cada piscada de palpebras caidas perde da excencia sua bela vida. Lágrimas de um planeta triste jorrando em testpestades validas que lava atmosfera ferida por pensamentos plasmados por atos insanos do homem morto, que mata seu próprio corpo. Soluços de dor de um punhal malfeitor obedecido manejado matando ferindo, chora ele grande castigo de ato impensado de um grande livre arbítrio. Hoje choro solo, apenas eu digo que viver é dificil, com grandes dores insustentáveis de atos duros de um triste legado. Se pudesse, bom seria, viver sonhos alegres de grandes dias, com Sol benfeitor tirando da vida a grande dor. Luz benfazeja, que a vida cria com grandes belezas. Flores do campo, perfumes tocantes, divino semblante, sua cor é bendita, maravilhosa é a vida, que não pede nem manda, apenas se expanta, com tanta maldade daquele que no topo se torna incomparável bestialidade.
Homem sem fé, apenas quer se fazer maior perante a Vida que o constroe. Vida essa sem ráiva, não vinga nem mata, apenas reage naturalmente àquele que age. Quanto queria que feliz seria esse mundo de dor e maldade, de homens fracos que perante o prazer não reage. Gostaria, permitido fosse, viver esse sonho e que por mais me esforce, que ninguém me acorde, pois lá estarei, feliz viverei, amando e criando a vida, que soprando nos traz essa grande brisa que apenas se faz em muita Paz.

João Tozzi 19/11/2007

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Aprendiz

Seu ato é nato, livre está, arbitrariando a vida, semeando e colhendo, lagrimas e sorrisos. Essa é a Lei explicada por Newton. Tu age e reage no Universo infinito, chorando, perdido, colhendo sementes do livre arbítrio. Tudo que tens é para seu próprio bem, isolado nunca vai crescer demais, do irmão necessita para aprender a lidar. A vida te ensina a sofrer e calar, silenciosa essa Lei que por teus erros te faz chorar.
Lágrimas arrependidas de uma mente sofrida. Fixo estava em situação deplorável, afundando em ódio sem pensar matava. Sofrimento plantava, no próximo que chorava, sua cova cavava e seu tamanho não calculava. Dia chegou, que o fundo encontrou, a realidade então para ele se mostrou. Desespero estalou em um ser de muita dor. Sem para onde ir, sua alternativa foi subir. Sinceramente orou e um amigo o encontrou e com muito amor uma mão o ajudou.
João Tozzi

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Lida bendita

A vida me chamou para ela desfrutar, mas a ignorancia do meu ser só me fez errar. Lágrimas em abundância que só se faziam jorrar, com minha conciencia perturbada não parava de chorar. O ombro amigo necessitava para sinceramente desabafar, no entanto meu caro, a solidão foi a única a me visitar. Aquela vida eu deixei, juntos aos sofrimentos que enterrei, me preparando então continuei, a caminhar no além. Oportunidade nova conquistei, para a Terra então voltei, com bagagem nova voltada para o bem. Mas a luta é intensa, junto a lagrimas tristes desfruto sua presença. Pessoas passam, deixam e levam, marcam e marcadas desaparecem. Esse é o caminho daquele que ainda não despojou, inferioridades mil que o próprio ser conquistou. A determinação é necessária para aquele que perante grandes provas ainda falha.
...
...
Bendita vida, bendita Lei, que certamente nos envolve em grande bem.

João

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

BARANGA

Homenagem aos pegadôs de scraps e afins !!!!

Baranga
Cheia de marra
Cintura de ovo
Pega quem quiser, mas tem que chegar
É só chegar na night e ver ‘qualé’ da situação
Mulherada muito doida já dançando até o chão
O cheiro de álcool já se espalha no salão
Já vejo a galera se pegando
Pode chegar, cinturar, a guerra começou
Guerreiro que é guerreiro, faz zig zag
To nem aí pro que os outros vão achar
Se a baranga me der mole eu pego ‘mermo’
Agora vem, me diz, quem é mais feliz
Barangueiro que se preze, sempre pede bis
Vou partir pra dentro sem perdão
Da mulher mais sinistra que se encontra dançando nessa pista
Baranga
Cheia de marra,
Cintura de ovoPega quem quiser, mas tem que chegar
É baranguinha gostosa, quentinha
É baranguinha gordinha que me alegra demais
Ela é muito feminina
Parece uma empadinha
Nunca te apurrinha
E perde a linha demais

Letra: João Brasil
Interpretação: Gui Corrêa