"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Em busca da bateria perfeita

Antes tarde do que nunca
o poeta se aquieta
mas sempre observa
e quando menos se espera
vem as palvras certas.

A terra é um ciclo
A energia se transforma
O sono é como um carregador de bateria
e necessita que se siga as insruções
Tem que se dar a carga completa
mas não utrapassá-la

Acalma-te nem tudo é para sempre.
Um dia se está no mar
no outro nas montanhas
Pense no foco certo
e não tire o carregador antes da hora
mas também não se esqueça que ele está na tomada
cada coisa no seu tempo.
Sua hora vai chegar
e nesse dia haverá energia em abundância
E sem você saber porque
a bateria não vai mais diminuir seu nível
e nesse dia sabe o que você poderá fazer?
Jogar o carregador fora
pra o todo
sempre!


Ciro R. Pires 16/12/2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Aventure dans Paris

I

Era tarde da noite,
Havia chegado ao novo destino.
O primeiro impacto foi grande,
Pois o lugar era enorme,
E para apenas uma placa encontrar,
Vinteminutos de caminhada fiz tracar.

Ao funal cheguei,
O que queria nao encontri,
Algo parecido avistei,
Por aquele lado entao, resolvi me atrever.

Algumas dificuldade que envolviam,
Como exemplo o grande desgaste físico.
Superei, caminhei e a gringa perguntei.
Gentilmente procurou responder.
De sua resposta pouco peguei,
Mas o suficinte para me ajudar de vez.

Segui seu conselho. Outra pergunta necessitava fazer,
A senhora do guichê, que amigavelmente se fez.
Segui. A sujeira era grande, como sua grande história.
A pobresa também se fazia.
Mais uns vinte minutos de trem. Cheguei.
A primeira rua de Paris que pisei, boulevar de Rochechouart.

Era estranho, falavm de Paris como um encanto,
Porém, onde pisei, nada disso avistei.
Sera era o bairro?
Sacre couer ao lado. Linda, a noite.

Caminhei, caminhei e o inglês com o frances nao falei.
Um frances que falavca portugues e também inglês,
com ele me encontrei.
Ao hostel cheguei.

Continuer...
Joao 09/12/2008

sábado, 29 de novembro de 2008

Resistencia e arte

Segue teu destino,
Ao topo do morro,
Vislumbrando o velho Tejo,
Tua arte é o aco, a espada, a adaga.
Teus povos foram muitos,
Desde Castellanos de La Mancha,
Aos Mouros.

O império Bisantino alí cresceu,
Fernando de Aragao,
Na reconquista, retomou os seus.
Casou-se, a bela Isabel de Leao.
Unidos pelo coracao,
deixaram de lado a corrupcao,
E aquela terra, aquele povo,
Abracaram como irmaos.

Dessa uniao,
Castela e Leao,
Nasce o que conhecemos,
Como Castelao,
Sua lingua, castelhano,
Hoje ao mundo se faz,
Como lingua da espanha,
A america chegou,
Trazendo também o som do mosquetao.

Daquela terra que falava,
Hoje apenas muralhas.
As rochas sobrepostas,
Formam ai a lendaria cidade de templarios.
Toledo é seu nome,
A resistencia sobrenome.

Joao 29/11/2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A grande Matrona

Apesar do momento, do ensejo,
Me vejo, te tenho,
Sonhos que vinham, hoje se vao,
A noite passa e os olhos nao cerao.

Em aqui estar, muito queria,
No velho mundo,
No velho monstro que foi,
Queimando e torturando,
Pelas maos do inquisidor
Que em nome Maior,
Te tornou justiceira,
E pobres ereges matou.

Torquemada aqui habitou,
Colombo daqui zarpou,
E Dom Quixote aqui exaltou.

Fizeste muito,
Muito tens feito pelo que fez.
Hoje teu nome vagueia o mundo,
Mostrando o que ja foi.
Teu povo levou ao mundo,
O que hoje é pelo que foi.

É a forte Uniao de Castela e Leao,
És a forte muralha, dos Mouros na regiao,
Foi do Imperio, que aqueduto formou.
Tudo hoje ainda vive,
Em tuas terras, apenas mostrando,
O que um dia aqui passou.

Os Incas também saqueou,
Os astecas dizimou,
No México, tua arte deixou.

Tua prata, teu ouro,
Por martírios conquistou,
Muito sangue derramou,
E por Jesus Cristo,
Muito matou.

Se de quem falo, oh meu caro,
Algo lembrou,
Sabeis que da Grande Espanha,
Meu texto mensionou.

Joao 28/11/2008

Querida espanhola

A cada passo vejo o passado,
A cada olhar, vislumbro esse altar,
Palco da história, nossa matrona,
Que ao lado mora.
Te vejo velha, mas te vejo acima nueva,
Te vejo fria, porém belíssima,
Te saudo nos teus becos,
Te acolho no meu peito,
Como fazes comigo agora.
Molhada te tornas romântica,
Ao trago do vinho, te tornas outra.

Falo de tí, tento,
Mostrar-te aos meus,
Como mostra-me dos teus.

Tua vida é simples,
Teu rítimo é lento e pacato,
Tua longa estadia te fez fortíssima.

Te olho, oh linda espanholha,
Me sinto em paz dentro de tí,
Me sinto frágil e forte,
Me torno pronto para a morte.

Mesmo por tí muitos passando,
Me vejo caido, me vejo vencido,
Aos teus pés, mostro-me só,
Entregando-lhe, oh,
Como nunca imaginaste antes,
Minha vida, meu momento.

Em tí querida Madri,
Dou gracas ao nostro Padre,
Puta madre que és,
És tu querida,
Madri.

Joao 28/11/08

sábado, 22 de novembro de 2008

PLANETA DEUS

Já era hora de escrever, expressar os sentimentos
Colocar em palavras o que os pensamentos não aguentam mais
Meu coração está cheio! Cheio de lembranças, emoções, recordações, saudades.
Mas ele também está enjoado. Enjoa-se fácil das coisas.
Como uma ânsia que permanece e não vê sentido em nada!
Uma ânsia, um enjoô de tudo, do trabaho, das relações, dos pensamentos, de mim mesmo!
Outrora vivia em paz com todos. Estava bem comigo e tudo a minha volta refletia-se em paciência.
Harmoniosos pensamentos me invadiam o coração.
Palavras lindas jorravam de minha boca cheias de significados que a mim eram conhecidos.
Talvez não soube me aventurar nessas vibrações e, novamente, desci para baixo.
Talvez por opção, talvez por aprendizado, ou talvez, ainda, por excesso de confiança.
Hoje aqui, entre pensamentos e palavras observo as pessoas, as crianças e imagino
O que todos esperam da vida. Ninguém vive para valer!
A alma encrustada no corpo não brilha, o pensamento vivo envelheceu.
A alma emudeceu diante a pressão. Não há por onde ir!
O chão é escorregadio e os pés descalsos já não sabem mais onde pisar.
Conheço-me e sei que a vida é um ciclo. Sistemático e confuso.
Rezo todos os dias, a Deus, aos espíritos protetores, ao meu próprio Anjo da Guarda.
Agradeço a todos pela divina oportunidade de viver, pela família, pelos amigos, pela minha fase amorosa.
Sou muito agradecido a tudo e a todos. Entre esses pensamentos as luzes já começam a brilhar
E quanto mais forte brilham mais longe sei que estão. A distância é enorme, mas eu posso enxergar.
Isso me faz vivo e sei que a distância entre eu e a luz (infinita) é a distância de meu aprendizado.
Obrigado Deus pelo sofrimento, pela angustia, pelo desprazer, obrigado Deus a todas as coisas.
As memórias, as vidas sucessivas, ao meu crescimento. Obrigado pelas palavras,
Pela escola da vida de noventa e nove aprendizados e apenas um ensinamento,
Noventa e nove erros e apenas um acerto. É para isso que viemos.
Para errar, para sofrer e vez em quando acertar e ser feliz.
Obrigado meu Deus pela proteção divina que me ensina e em meu declínio,
Me dá mais força para viver!

(David - 27/10/2008)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Homenagem

II

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Fernando Pessoa - Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos

Claramente claro com os raios de sol. Simplesmente simples como as criancinhas. Ingenuamente ingenuo com um filhote, ..."porque pensar é estar doente dos olhos"..."porque quem ama nunca sabe o que ama"...Nem sabe por que ama, nem o que é amar..."Amar é a eterna inocência, E a única inocencia é não amar"...

João 17/11/2008

sábado, 15 de novembro de 2008

Sentir

"...Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz..."

O guardador de rebanhos - Alberto Caeiro - Fernando Pessoa

Simples assim, entender o que? Saber sobre...sobre o que? E por que?
Mais ridiculo que escrever uma carta de amor, como pensa Alvaro de Campos, mas mais ridiculo ainda é não escreve-la, pois é o seu sentimento. Não senitr ou esconder-lo é ridiculo, mas fazemos, pois somos ridículos. Sentir, eis a questão, eis a força motriz do homem como ser, por que vive e pensa, relaciona e erra, mas no entanto, aprende.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O momento

Em um certo momento da vida,
Eis que me desperta a vontade da escrita.
Vontade essa inexplicável,
Apenas sentimentalizada.

O tempo, os sentimentos,
Tudo alimentava aquele momento,
Poderia ser a paz ou os tormentos,
O que fosse, nutria os sentimentos.

Por muito a escrita me aliviou,
Por menos, de lá pra cá, não me abandonou.
Senti esse prazer, de tentar traduzir meu ser,
Não querendo me fazer entender,
Pois isso, muito menos eu o sei fazer.

Hoje, transpassando outros pilares,
Vejo a vida com mais intensidade,
Olho o caminho trilhado,
Nele apenas meu rastro, obstáculos.

Ainda, seu fim não toquei,
Fim utópico que apenas nos faz viver.

Não querendo me mostrar como rei,
Apenas digo o que nesse momento me vem.
Não digo que sou feliz,
Sou isso que agora te faço ler,
Te faço assim me ver, me conhecer,
O que nesse momento mágico,
Meu ser faz transparecer.

João 13/11/2008

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

CARTA PARA AMIGOS DE VERDADE: O HOMEM CAMELO QUE VIROU HOMEM CRIANÇA

Dilúvios na mente
Turbilhão impenssável
Sofrimento interno
Aprendizado sincero

No olhar uma mágoa
Sou apenas homem
Distânciando da criança
Que chora solitária
Dentro de meu apertado peito

O homem é um camelo
Que durante seu longo caminho,
Sofrido, em meio ao deserto
Carrega seu lombo com enorme peso

A criança chora em seu peito
E o homem camela em defeito
O olhar fosco e atordoante
Vê as paixões se tornarem delirantes

O homem reflete
E procura a criança
Magoada em seu peito
Pelo seu breve esquecimento

O homem camelo pena!
E quando se cansa
Pede a Deus
Que o faça novamente criança

E Deus justo como é!
Diz que esse feito não é possível
O homem é homem
E a criança é ilusão

Mas Deus o dá reflexão!
Pensamentos correm e fojem
E o homem camelo
Resgata em seu peito
O sonho de anteontem
E diz a si mesmo:

"Sou homem camelo
E carrego muito peso
E desejo tudo
E tudo desejo a todos
Quero ser homem criança
E nada desejar
Apenas olhar e rir
Apenas tocar e apreender"

E o homem camelo
Para em meio ao deserto
De tua pobre vida
E retira de seu lombo
Todo o peso que o atina

Voltando a ser apenas homem
Ele se sente solitário
E procura a criança que chora em seu peito
E lhe dá suas mãos

Nesse momento
Da cabeça do homem
Que agora também é criança
Nasce um enorme balão
Que ele agarra
E sobe em direção ao infinito criador!

(David / 28/10/2008)

OBS: Homenagem aos amigos e ao Super-Homem: Friedrich Nietzsche!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O CANTO DO TIMONEIRO

Timoneiro, timoneiro
Guia de qualquer embarcação
Guia-te pelos teus belos mares
Guia-te pela tua imensa vida

Timoneiro, timoneiro
Homem honesto a seus anseios
Guia-te de encontro a seus sonhos
Tão bonitos como azul oceano

Timoneiro, timoneiro
Olhe a lua e as estrelas
Segue com sua jovem tripulação
Às terras mais alheias

Timoneiro, timoneiro
O velho homem Nagô
Espera-te no porto
Qual será o mistério desse cais?

Timoneiro, timoneiro
O velho Nagô lhe pede
Que leve seu jovem filho
Para as aventuras do além-mar

Timoneiro, timoneiro
"Nessas terras a vida é difícil
O chão é muito seco
E os homens são sofridos"

Timoneiro, timoneiro
Leve consigo as instruções
Das terras por onde navegas
Dos mares por onde andas

Timoneiro, timoneiro
Partes tão ligeiro
Navega as pressas rumo ao velho mundo
Com sua tripulação mundial

Timoneiro, timoneiro
Guia de tantas vidas
Leve esses pobres homens
Ao teu passeio de despedida

Timoneiro, timoneiro
Olhe as tormentas do mar
Nessa tarde tão escura
O sopro dos deuses estão a te afagar

Timoneiro, timoneiro
Seu timão não é mais seu parceiro
Sua naus não é mais sua casa
São apenas brinquedos no mar

Timoneiro, timoneiro
Alguém te ensinou a nadar?
Pois a madeira do navio
Já estaá no fundo do mar!

Timoneiro, timoneiro
capitão de sua tripulação
Agora no além vida
Pois a terra ficou para trás

Timoneiro, timoneiro
Tudo agora é mais calmo
Tudo agora é claro como luar
Aqui! Onde homens não são homens
As mercadorias não chegam
A nenhum lugar!
(David Lugli - 15/08/08)
* Naufragio de uma embarcação mercantil no caminho entre a AFRICA E A EUROPA.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Brincando com poetas e poesias

BRIANCANDO COM POETAS E POESIA
(MUITOS POETAS EM UMA SÓ POESIA)

Eu não tenho mais minhas antigas MORAES
Nem minha poesia agora parece ROSA
Eu não escrevo para dar BANDEIRA
Eu não crio verso copiando de outra PESSOA!

Quando faço um poema sujo
Eu OLAVO de puros sentimentos
Não que eu CASI meus versos
Mas sempre MIRO bem as palavras
ABREU seus pensamentos?

Minha poesia é como um MACHADO
CUNHA toda minha experiência,
Minhas virtudes, erros e memória.
O TOM que tenho agora
É a mistura completa de tudo que leio

Miro o céu e canto AUGUSTO DOS ANJOS
Procuro algum enigma entre arestas
Entre os MATOS e as florestas
Recolho alegremente simples RAMOS
CASTRO assim, toda minha escuridão sentimental
Bato em retirada dessa vida cotidiana

Aqui, nesse outro mundo
Crio novos amigos REIS
Navego entre CAMPOS de imaginação
Brinco com poetas e poesia
Invento versos e faço primazias!

(David – 14/08/08)

sábado, 20 de setembro de 2008

ILUSÕES DO TEMPO

Mensageiros do cabo das tormentas
Candidatos a magoas e ilusões
Na escada de ferro
Descemos metricamente cada degrau

O peito arde em fogo
A brasa queima os pensamentos
A maré da eternidade
Rouba a inoscencia da criatura

Jovens venham ao mundo!
Roubem suas misérias
Pisem em suas amarguras
Declamem seus sentimentos

O fogo do inferno
É o pensamento intorpecido
A honestidade do homem
É breve e passageira
Até proclamarmos tal palavra

Nasce uma criatura
Peça fundamental
Em nossa mecanica sociedade
Herói da barbárie
Ou cúmplice do desconhecimento?

Desejo as crianças
Uma forte esperança
Que transforma
No coração do jovem
Em objetivo de vida

No livro o escritor
Encaixa suas frases
Forma o texto
Joga com as palavras
Na vida o pastor
Leva as ovelhas
Apanha os raros
Para trabalho fundamental

Céu, estrela, constelação
Os irmãos a mesa
Transformam a nobre ceia
Em recado certeiro ao homem

Encerro os punhos
E corro em disparada
Só para adiante
Parar um pouco
Descançar e recomeçar
Tudo de novo

Os amigos todos queridos
Resolvem brincar mais uma vez
Jogam embreagados
O que tem que ser jogado

Sopro eu então a vela
E deixo tudo as escuras
Na casa do conhecimento
Ninguém mais enxerga

Veja então com a intuição
Se isso nos for capaz!

O quadro da vida
Se faz pela aquarela
Dos sentimentos
Uns misturados a outros
O branco com o vermelho
Formam o laranja
O azul com amarelo
Formam o verde
A fé com superstição
Formam a fantasia
O egoísmo e a falsa nobreza
Formam a hipocresia
A fome e a desesperança
Formam a miséria
A inquietação e o medo
Formam a timidez
O branco com o negro
Nasce o mulato
Deus e o Diabo
Prega o católico

Olho agora por outra vitrine
E surpreendentimente vejo-me
Os olhos refletidos de antes
Não passam mais aquela curiosidade
Já se encontram menos brilhante
Como se estivessem
Acostumando-se a vida
De rotina em rotina
A curiosidade perde o encanto
E a realidade espanta o brilho
E vivo, vivo por viver
Creio na vida e no homem
Creio em Deus e sua bondade
Creio na instrução divina
Rogo aos fracos (como eu)
A se espelharem nos que erraram
E a reconhecer o que aprende
Não se esquecendo de uma conversa edificante
E não perder o brilho da curiosidade
O encanto da fé
E a busca infinita pelo amor!

(David - 24/07/08)

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

No aconchego dos lares

A massa cardíaca, pulso compassado micrométricamete, a nutrir endosmóticamente as células, micro geradores de energia, ambos ao comando do estímulo maior, o maioral da razão, o impulsionador de nossos atos, o gerente de nossos pensamentos, o administrador de nosso destino, o artista que esculpe nossa trilha, a massa neural central que nos governa o livre arbítrio. O conjunto de nosso viver, o cabedal da vida.
Quantos de nós paramos nossos atos diários para perceber as batidas sublimes do centro das nossas emoções? Quantos de nós nos compassamos juntamente com o pulsar cardíaco imaginando os volumes de plasmas nutritivos inundando nossos tecidos, nossas células, nos fazendo à vida? Quantos de nós deixamos de lado, por um segundo que seja, os dessabores dos labores cotidianos para tentarmos imaginar como se faz um pensamento, uma corrente elétrica nervosa que nós faz pensar? Cá estamos, diariamente vagando daqui pra lá e de lá pra cá e normalmente não encontramos tempo para nos observarmos, para tentar perceber a realeza que é o fato de inspirarmos ar rico em oxigênio, para percebermos como se dá essa troca natural de gases no sangue, o caminho que vai percorrer até chegar à organela que lhe é compatível a produção de energia. Oh, como é lindo, como somos perfeitos, como somos equilibrados fisiológicamente. Se o somos assim equacionados na formação orgânica, o que nos faz probos da psiquê, o que nos faz meros depressivos que somos, uma vez que a verdadeira felicidade e o equilíbrio mental ainda são utopias a ser desvendadas?
Temos como relacinar tudo isso à conquista da perfeição no geral com o fato da unicidade?
Paremos um dia, no aconchego dos lares, na paz de nossas confotadas camas e imaginemos, reflitamos a respeito, e quem sabe conseguiremos naquele momento, nos olhando intensamente, no fundo de nosso ser, de nossos atos, nos analisando com sinceridade, nos tornarmos equilibrados e felizes verdadeiramente, mesmo que por segundos.
João

sábado, 23 de agosto de 2008

Marrocos Marroquinos

Marrocos Marroquinos
Atletas Marroquinos
Que correm conta o vento em um calor escaldante

Marrocos Marroquinos
Corredores de Maratonas
Contra tudo e contra todos sempre correm contra o tempo

Marrocos Marroquinos
Não são marrecos marroquinos
São vencedores, são de glória
São dignos atletas olímpicos

Marrocos Marroquinos
"Digantes" Marroquinos
Correm contra o relógio
Os 42.195 metros

Marrocos Marroquinos
Apenas são vencidos
Quando aparece um intruso Queniano
E nos tira a medalha de ouro

Marrocos Marroquinos
Apesar de isto tudo
Levo comigo minha Prata
Derrota ingrata mas toda Prata é Prata

Marrocos Marroquinos
Agora estamos no pódium olímpico
Em segundo lugar, é verdade
Mas com o orgulho de ser
Um Marrocos Marroquino!!!

23/08/2008 - Após o grande feito de nosso Marroquino Jaouad Gharib que conquistou a prata na maratona das Olimpíadas de Pequim!!!

Marcelinho

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Uma Borboleta Japonesa Que Voou ao Brasil sem ser Notada


Suas lindas asas
Bate a borboleta
Na forma do amor

Livre no ar
Aparenta uma nova cor
Cor de vida

Meu coração bate
Veloz como a borboleta
Coração sem dor!

Só a manhã
É bela por sua luz
Suave sol

Flutuo em paz
Como as gotas que jaz
Molhando a terra

Sol poente
Novo sol nascente
Borboleta vem

Vem e atravessa
Esse imenso oceano
Ó claras águas!

Claro é viver
Como ar puro de manhã
Suave brisa...


Vôo a borboleta
Parou aqui! Nessa roseta
Linda! Toda branca

Borboleta e flor
Vermelha no branco
Calor da manhã

A brisa é suave
A borboleta foi-se
Para lá do horizonte

Passou e deixou
Sua rima Branco-Vermelha
De esperança

Iluminou
O Verde-Amarelo
Azul e Branco

Borboleta
Japonesa voou ao Brasil
Sem (ao menos) ser notada!

(07/08 David - Homenagem ao Haikai)

O dono da rua

Tinhas as mãos trêmulas
Era velho e incapaz de falar
Sofria as dores do osso
Vência as deficiências mentais
Era velho e tolo de um só olho
Mas era o dono da rua

A rua não precisava de dono
Nem sua vida de aptidão
Mas, sem feito algum
O velho era o dono da rua

A rua era estreita e suja
Não tinha saída a lugar nenhum
Poucos sabiam como nela entrar

O velho ali nasceu
E por milagre ali iria morrer
Pois ele era o dono da rua

A rua não tinha nenhuma importância
Por isso, a rua não tinha nome
Não tinha asfalto
Nem moradores
A não ser o dono da rua

A rua era só!
Diante a conexão do mundo
Não havia praça
Nem comércio
A rua só tinha seu dono

Alguns dizem que o velho
Da rua nunca saiu
Tinha apego tão forte
Que talvez outra rua
Jamais viu!

Ele era o dono da rua
E pronto!
Para ele nada mais importava
Do que ser dono daquele lugar

A rua era velha e suja
Não tinha calçada
Nem postura
Era escura como o velho
De um olho só!

Alguns dizem que a rua
Era o espelho de seu dono
Não era importante a ninguém
A não ser para ele mesmo
O dono da rua

Mas um dia ele se foi
E a rua também
Pois sem dono
A rua não servia a ninguém!

(David - Um dia em 2008)

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Apresento o “Haikai” Senhor do prazer em sentir e depois escrever

Uma gota de luz e só!
Foi-se as trevas como pó
E só, eu a falar...

Pare e ouça
A voz narrante do trovão
Que voz errante!

Pare e veja
As nuvens de algodão
Suaves a voar...

Céu e solidão
Fogo ardente de paixão
E a moça passou...

Passou ela sem mim
Vou buscá-la agora
Corro, corro, ufa!

Bela morena
Cabelo esparramado
Jogados ao vento

Luz ardente de sol
Brilham só, em seus olhos
Fogo da paixão

Puxa! Eu sem ela
Feito aquarela
Sou pura confusão

Vem para mim
Mostre-me porque veio
Centeio de meu coração

Sou poeta e só!
Não aprendi a ouvir
Por isso escrevo

Escrever é como
Fome. Daí como versos
Palavra por palavra

Sinto sua falta
Sem você agora
Tudo me falta
Vivo preso
Como gota cristalina
Em meio a oceano

Miséria e só
Sem te ver ao menos
Sem te roçar em pelos

Fogo e vento
É intento amigo
Eu sou o fogo
E você é meu vento
Meu alimento!

Sacio-me
Das palavras e de você
Repito o que gosto

De ti, toda
Minha inspiração
E expiração também

Preto e branco
Gelado e calor
Como somos diferentes!

Ó! Obrigado Deus
Diferença é beleza
Puro prazer
Em procurar
Em ti o que a mim
É o desconhecido!

(David – 08/08)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Luzes coloridas, músicas, vozes, perfumes.
Luzes que ofuscam ao invés de iluminarem,
Música que ensurdece
Vozes que soam palavras falsas, efêmeras
Perfumes que se misturam a fumaça do cigarro
Sorrisos forçados, beijos vazios
olhares tendeciosos
olhares fúteis
comentários a cerca da aparência, do estilo, do jeito..
bebidas, bebidas, bebidas
a música continua a ensurdecer..
"Never stop the music"
o som aumentaaumenta o vazio..
o sorriso esconde a falta do brilho
Alguém percebe que ele se foi?
a bebida busca preencer o vazio que não tem fim
a droga traz a ilusão
é quando ela se vai
o vazio não vai junto.
ele fica
atormenta
incomoda
questiona..
o vazio, que não tem fim.

(Sue Ellen)

domingo, 27 de julho de 2008

Letras, palavras

Um sopro,
Um sapo,
Um pato,
Um rato.

Um mato,
Um gato,
Um lago,
Um mastro.

Uma brisa,
Uma brasa,
Uma pala,
Uma tala.

Carvão,
Brasa,
Grelha,
Carne.

Céu,
Teu,
Meu,
Nosso.

Só,
Um,
De,
Nós.

Letra,
Palavra,
Cabra,
Leieteira.

José,
João,
Um cão,
Pão.

Rim,
Rima,
Coração,
Pulmão.

Figo,
Digo,
Maçã,
E banana.

Fruta,
Legume,
Verdura,
Mandioca.

Letras,
Palavras,
Letras.

João 27/07/08

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Traje de gala
Festa cantada
Mulher decotada
Peito caido
Bunda malhada

Paro e penso
Corpo ou alma?
Corpo bonito
Alma cansada
Alma amada
Corpo parado!

Festa, casamento, orçamento
Sem dinheiro
Não dá em nada
Fadado ao esquecimento
Deito e penso
Dinheiro ou humilhação
Dinheiro no bolso
Garoto de gosto
Humilhação na garganta
Garoto penoso

Forte é a vida
Vivida de nada
Nada é nada
Ou tudo para um peixe
Ou para aquele que cai no mar!
(David)

Colação de grau

Colo! Saiu colada?
Descolada a menina
Colo parada
Sentada
Nem hino colo
Colo de nada!

Eu vi Salgado
Na Índia
No México
Até no Brasil

Sai meio Salgado
A menina descolada
Saiu colada
Colamos nossas bundas
No carro
E colamos no Jão
Descola uma viagem!
(David)

Hora marcada

I

O Sol cai tímido,
Porém caía, ainda forte,
O grande caía lento,
Descia belo, parecia eterno.

Findava a tarde,
Aninciava sua filha,
A lua, que maravilha.

E assim passam-se os dias,
Ao longe vão-se as horas,
Aquele momento fica na história.

Cada minuto que passa,
Vai para nunca mais,
E nós, perdidos nos ponteiros,
Rodamos, rodamos e não nos achamos.

Esperdiçamos, não aproveitamos.
Vislimbro o Tutor do Sistema,
A balança dos mares,
Essa imagem em nossos altares.

II

Manhã serena,
Ar puro, brisa amena,
O céu parece puro,
Seu azul é púrpuro.

Nos primeiros momentos,
Com pensamentos ainda lentos,
Procuro me expressar com talento.

O Sol se faz herdeiro,
Nascendo para o dia,
Trazendo vida ao meio.
Não entendo!

III

Eu em todo esse tempo
Pareço a esmo,
Me torno instrumento.]

Instrumento da natureza,
Sendo amolado pela vida,
Para um dia ser usado.
Que marasmo!

E os sentimentos?
Frações de pensamentos,
Tortuosos e turbulentos.

Esses sentimentos,
Que desconheço,
Que lamento,
Que sofrimento!

Não entendo,
Não sou atento.

Em tempos te quero,
A muito te espero,
Já sinto teu abraço materno.

Como é bom,
Coforta e renova.

Esse perfume que me desconcerta,
Teu sorriso que me encanta,
Tropeço na vida com sua distância.

João 24/07/08

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fonte

A luz é pouca
As palavras inúteis
O vento refresca
E a água traz a paz

Naquela fonte
Esquecemos a dor
Convivemos com a natureza
Com a cor da harmonia

As pedras observam
Os pássaros sobrevoam
E cantam para a paisagem
Os peixes nadam
E boiam, se multiplicam!

Ó fonte do sabor da vida
Traga a almejada paz
Faça de nossa dor
Um breve sentimento

Seja eterna em nossos corações
Seja singela e duradoura
Seja obrigatório aos irmãos
Seja próspera em nossas vidas
Seja nosso pai
Nos ensinando
Seja nosso irmão
Nos dando compania
Seja nosso feriado
Nos trazendo o descanso
Seja nosso amigo
Nos ouvindo
Seja nosso Deus
Nos trazendo a liberdade
Seja nossa vida
Ensinando a viver!
(david)

terça-feira, 22 de julho de 2008


Ela gostava de sentir o sol no inverno. Gostava muito do sol, e no inverno mais ainda, pois podia senti-lo aquecendo o seu corpo. Era como se estivessem mais próximos, como se pudesse tocá-lo de verdade, numa troca íntima e essencial.Naquele dia, ainda com os cabelos emaranhados e o olho meio aberto, saiu do ar gélido das paredes da sua casa e sentiu o sol daquele iverno. Ficou parada, por alguns segundos, sentido o calor que tomava suas mãos. Olhou, sentiu e soltou um leve sorriso de gratidão inconsciente.Se pudesse ficaria o dia todo ali, apenas ela e o sol. Sem mais ninguém.Desligaria o telefone, desligaria o computador, desligaria a mente. Principalmente, a mente. É possível desligar a mente? Ela achava que era. Cada vez que vinha aquele pensamento indesejado, ela buscava fugir. Ria, se enganava, buscava algo inútil pra fazer. Não queria pensamentos sérios. Eles exigem muito de nós. Estava cansada de se sentir cansada. Esse cansaço intesgotável. Não importa o que fizesse, sentia-se cansada. Cansada da paisagem, da rotina, da mesmisse, da felicidade obrigatória. Agradecia ao Sol. Por não se entregar ao cansaço. Compartilhava com ele seus planos e ele os enchia de brilho, esperança e vigor. Agradecia ao Sol e torcia para que ele não fosse, nem levasse com ele tudo aquilo que lhe trazia uma satisfação inebriante.
(Sue Ellen)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A épica viagem de Magalhães

Fernão de Magalhães
Tribulantes anães
Diante do rumo
Que tomaram
Embarcaram em 5 naus
E a primeira volta ao mundo
Deram nesse mundo de caos!

Descobriram o Pacifico
Divulgaram o Atlantico
Penetraram pelo Índico
E morreram de fome
Morreram nas batalhas
Morreram de escorbuto
De 125 chegaram 15
Virgem Maria os protegeu
Ou o destino os acolheu?

Hoje escolhemos onde ir
Escolhemos nossas roupas
Assistimos a tv
Navegamos na Internet
Pura ilusão do mundo moderno
Magalhães foi o primeiro
E levou no peito o mundo inteiro

Conheceu o estreito que,
Hoje está em seu nome
Na Patagonia sentiu frio
Se sentiu sozinho e muita fome
Rebelião controlou a força
E em impulso de liderança
Avançou os canais
A chegar no grande lago
Calmo, tão calmo
Que deram o nome de Pacífico!

Conheceu as incriveis ilhas
Desse imenso oceano
Os homens pintados do Tahiti
As ilhas tropicais das filipinas
E por lá deu fim a sua história
Em momento de egocentrismo
Subjulgou a população local
Com seus aterrorizantes canhões
Os aborigenes fantasmas sobre a mata
Chegaram em marcha de mais de mil
E espalharam a morte aos europeus
Magalhães decapitado encontrou o fim
De sua aventura, de sua longa caminhada

Os tripulantes prosseguiram vorazes
Encorajados pelo espírito aventureiro
O destino era cruel
Fome e desespero eram seus parceiros
Dezenas de mortos foram
Jogados ao mar
Salgado destino, salgadas aguas!

O destino cru dos aventureiros de hoje
É a realidade cozida dos de hoje
Seguimos as bussolas, gps e etc...
Seguiam eles as estrelas
E o pobre destino!

Encontram finalmente as Índias
Atordoados enxeram tres naus
Mas apenas uma partiu daquele porto

O caminho longo,
Era imenso em sofrimento
Partiram e cruzaram o sul da Africa
Sem esperança
Navegaram sem destino pelo Atlantico
Em dia de luz milagrosa
Avistaram os castelos de Sevilha
Gritaram felizes os pobres tripulantes
15 pessoas, mal trapilhos
Em apenas uma nau
De volta a seu destino
Ó Espanha, Reino querido
Os habitantes da cidade
Os recepcionaram
Os tripulantes que a dias não comiam
Ou sequer bebiam agua
Um desejo apenas pediram!
Velas! 15 velas, para os 15 homens
Promessa cumprida
A virgem Maria
Na igreja de Sevilha
Que testemunhou a fé dos pecadores
Que deram a primeira volta
Distribuindo o pecado
Nesse pequeno mundo globalizado!
(David - 17/07/08)

Uma embarcação muito loca rumo ao sol poente (parte 1)

Concordamos com a história
Tanto! que também queremos faze-la
Então uma breve história
De uma galera especial
Vou começar a narrar:

Um dia desses quando era criança
Tinha um sonho ingênuo
Conhecer as escadarias
E a grande cordilheira
Que me levariam a cidade perdida
A cidade Inca, a cidade mágica!

Os dias passaram
Sem que eu a realiza-se
Esse grande sonho então!
Senhores do destino
Em ocasiões inesperadas
Fez partilhar com grandes amigos
Uma incivel tripulação
Que se formou
Se preparando para essa grande missão
Os ilustres navegantes são:

João, João biólogo
João, João poeta
João, João aventureiro
Obreiro de grandes feitos
Reinscidente da magia de Judhá

Isís, fala mansa
Calma familiar
Admiradora da sétima arte
Construtora universal
Sonha! seus ideais!
Vê a sociedade
Transcorre por um mundo melhor

Lilás sua irma mais nova
Porém! irmã do meio
Que muito me assemelha
Nessa estratégia familiar
Os do meio, sempre são tranquilos
E também mais serenos
Garota prendada
De grande cultura culinária

Luís Otavio Machado de Souza
Nome real, imperador quem sabe
Mas impera ele no ramo da comunicação
Grande leão da vida
Amigo voraz
Será sua missão
Filmar essa grande ficção?
Quem sabe!
Mas sabemos que nessa viagem
Será um grande irmão

Eriquinha querida
Menina-mulher respeitavel
Em meu coração
Menina de força imensa
Palavras centradas
Ideal singelo, mas capaz
Seus olhos brilham por dias melhores
Sua mente viaja pelas maravilhas
Do mundo e se diverte na realidade
Companhera fiel de grandes viagens passadas
Revivendo nessa viagem futura

Grandes amigos
Tripulantes dessa nave louca
Viajantes sem destino
Patruleiros da vida
Idealizadores de uma nova missão...

terça-feira, 15 de julho de 2008

És tu como abelha?

Obrigado Senhor,
Por mais uma manhã de paz e amor!
Obrigado meu Pai,
Pelo Astro rei que nos emprestaste, a nos esquentar!
Obrigado meu Deus,
Pela natureza linda que amavelmente nos deu!

Vida, vida minha, vida nossa,
Será que há nessa vida,
Alguém que explicar-me possa?

Dizer-me sobre o ser,
Sobre o nascer e morrer,
Sobre os atos e descasos,
O turbilhão de meu ser,
Perante a imensidão,
O vácuo oriundo,
Do universo em expansão.

Será que há esse alguém?
Alguém ou algo haverá de me explicar,
Haverá de saber o porquê de nascer e morrer.
E arriscando a pensar,
Chego onde não consigo ultrapassar.

Paro na limitação que é,
Ser esse humano,
Como se os pés ainda fossem de pano.
Sinceramente, como há de haver,
Como há de ter prepotência e arrogância,
Numa partícula de vida chamada de ser.

Olho ao lado e uma abelha,
Vejo a lutar, mesmo sabendo,
Que sua existência está a findar.

Suas asas já não batem mais,
No entanto ainda está a lutar,
Em silencio, discreta humildade,
Lá está, aos nossos pés,
Acima de qualquer, com seu exemplo,
Finalizando seu tempo sem chorar.

És tu como abelha?
Pois é, ai está, por que me direi abelha ser,
Se como gente acima posso estar?
Mas como gente acima não tem,
A grandeza da abelha a baixo que a lutar está.



Não te viste como igual?
Por que olhaste para ti,
E em ti viste a diferença descomunal?
Esquecestes que natureza é,
E natureza morrerá?
És como abelha, natureza, vida, ser e estar.

Aparenta ser racional,
Mas no fundo, tua razão um dia te levou,
A tornar-te homem com paixão voltada para o mal.

Mas vejamos bem,
Se a abelha luta quieta,
Por que o homem forte,
Não se esforça para ser como ela,
Lutando resignado, como a abelha muito bela?

Tens paixões, sentimentos de introspecções,
Tem razão, voltadas apenas para o próprio coração.

E ainda chora, és vítima,
Nem a coitada sofre como nos mostram,
No fundo sentes o prazer da dor que incomoda.
És a coitada, sentindo o prazer da dor,
Que a vida te ensina a superar com fervor.
És a vítima alimentada pelo gosto das palavras,
Palavras que vos cercam de compaixão, lhe entregam,
Entregam-lhe satisfação de ser por um momento,
A grande atração.

És humano sem razão, és a esmo!
Faz-te tenso, não ajuda, atrapalha,
Pedras no caminho apenas espalha.

Ainda te agradeço, oh Mestre,
Vida, oh vida como é linda!
Agradeço-te, oh Lei que nos rege,
A sabedoria, a inexplicável realização,
A inexplicável construção da ação e reação.

Oh rio que há de fluir,
Oh brisa que há de limpar,
Correntes do mar, oh perfeição que há de perpetuar.

Ensina-nos querida, oh vida,
Mostra-nos, oh grandiosidade,
Aos grãos da crosta,
Aos homens infelizes,
Aos que ainda vêem o celestial,
Como enfeite paternal.
Aos que choram, pois ainda não olham,
Choram, pois ainda não percebem o redor.

Somos teus filhos, oh vida,
Somos tua vida, oh Bendita,
Somos divinos, somos únicos,
Somos a natureza,
Essa grande beleza.

João 15/07/08

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Olha-te

Já olhastes para tí hoje?
Já te vistes? Já sentistes o que é?
Olha-te, penetra-te, busca-te.

Perceberá que nada há,
Conhecerá, verá o vazio que há.
Ah, se te olhastes todos os dias!

Choras por medo?
Recusas o sofrimento?
Como diz Pessoa,
Pobre sombra fútil chamada gente.

O que fará agora que já fizestes?
Sobre aquilo, tornates isto.
Olha-te, enchergas agora?

Pobre grão de areia,
Levado, chutado, pisado,
Cuspido e abandonado.

Quereste talvez tornar-te rocha,
Mas rocha nunca serás,
Pois nacestes grão e grão morrerá.

João 14/07/08

Tarde da experiência

Uma tarde, um reencontro,
Dos familiares amigos,
Que grande conforto.

Muita gente fazia,
A diversidade dos entes, dos parentes.

Conversas, idéias,
Experiencias sorrateiras.

Bisnetos, netos, os tios,
Sobrinhos, os primos, irmãos.
Todos unidos,
Perante grande sermão.

A oração do patriarca,
Nos falava nos tocava,
Com os olhos ao céu,
Sentia enquanto devaneiava.

Palavras da experiência,
Palavras de muita inteligência,
Chegavam leves a todos que o cercava,
E aqueles que ao redor estavam,
De sentimentos mil se transbordavam.

E o ancião sentia,
E todos ao redor,
Aqueles mesmo calados,
A voz de filosofia ouvia.

Naquele momento nobre,
O coração batia forte,
O filho também se emocionou,
O neto sobrinho o pranto quase soltou.

E o velho recitava,
Poemas, momentos, experiências,
E um amigo que ouvia,
Em silêncio também observava,
E seu palpite não arriscava.

Foi natural, excepcional,
Não criou,
Sentiu e falou.

E com grande felicidade,
Vos falo orgulhoso,
Que desse meu avô,
Muito tenho gosto.

João 14/07/08

sábado, 12 de julho de 2008

O bom Malandro

Sarará, buscapé, gororó
poema de uma nota só
mandinga aqui e acolá
meu pai saravá

Jogo de bola
Capoeira de angola
Malandragem sadia
em plena sintonia

Se achegue cumpadre
sua presença é bem vinda
na terra dos homens
o segredo é ginga

Da sua intenção
num olhar percebi
sem te ver já senti
Não adianta esconder

Nesse mundo quem manda
é aquele que obedece
ninguém manda
só pensam que mandam

Tudo é um jogo
apresente suas armas
equilibre as peças
e venha jogar

Cuidado com o malandro
ou melhor se entregue a ele
apesar dos desapegos
o bom malandro tem um grande
Coração

Ciro R. Pires 12/07/2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Devaneios V

Histórias e lendas
Fendas na história
Lacunas no tempo
Meio verdade
Muita mentira
Vira a pagina
E de mais uma lida

Devaneios IV

Tempo, tempo, tempo
Passou sem comprometimento
Sento e vejo o tempo
Passar, passar, passar
Falou, vou aí
Deixa o tempo me levar

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O toque mágico

Ela vem toda faceira
Seu jeito inebriante
Parece besteira
me conquistou num instante

O tempo passa
O amor extravasa
como se congelado
e no tempo estacionado

Ás vezes o amor entra de férias
Às vezes de licença
Algumas vezes se esconde
outras se camufla

A verdade é uma só
se ele uma vez surgiu
num momento irá voltar
basta você me cativar!

Ciro Pires 10/07/2008

O Sítio do Meu Coração

No campo... Aí que saudade do campo!
Aquele campo verde, cheio de aroma
Aquele campo de despertar o dia
Dentro da neblina da manhã
A música dos pássaros
O canto imponente do galo
Aquele campo de árvores centenárias
E de cada cantinho uma surpresa
As flores vermelhas...
As flores amarelas, que beleza!
As pedrinhas cobrindo o quintal
A brisa de fim de tarde
E o céu estrelado da noite sem lua

Ao entardecer me estico todo na rede
Olho o beija-flor a brincar
Sobre a chuvinha fina que cai
lavando a alma do pescador
Olho as nuvens dançando
Formando desenhos indecifráveis
Ouço o rio contando suas histórias
Histórias diferentes dos lugares
Que ele esteve presente
E ao mesmo tempo ausente
O rio... O velho rio
Que em todas as manhas se renova
Fala para mim sobre as paisagens visitadas
Até chegar em meu sítio querido
E admirar toda calmaria do campo

A cada olhar a cada pensamento
Cheiro desse mato ou meus sentimentos
Me identifico mais com esse sítio
Que nesse momento
Só se encontra presente
Nos versos que dedico a esse poema
Mas que um dia
Como um sonho que se realiza
Com trabalho e dedicação
A minha história na mão
Os sentimentos de minha querida
Em meu coração
No sítio nós iremos morar
E com muito prazer
Toda essa história
Irei um dia contemplar.
(David - 2008)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Devaneios III

Desaniversário
Parabéns
Todo dia
Sento e penso
1 dia é melhor que 364?
Parabéns desaniversário
Parabéns Alice
João, José, Clarice...
Feliz desaniversario!

Devaneios II

Lua, lua, cheia
Céu estrelado
Por muitos, amado
Calado, mudo
É estrelado
Iluminado
Sentado
Sobre a lua cheia
Estrela, não da para ver
Dúvida cruel
Céu estrelado ou
Lua cheia
Talvez lua e meia
E céu estrelado
(David)

Devaneios I

Aos loucos, poucos
As flores, cheiros
As dores, flores
Flores, dores, cheiros
Poema de louco
Só para poucos(David)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

É a vida, é bonita!!!

I

Fique amigo meu,
Sol querido,
Raios amigos.

Tarde suave,
Bela vista das palmeiras,
A natureza e sua obra,
Ao redor se fazem ver.

Procriação, Asa Branca,
No velho galho Sibipiruna,
Sombra fresca ar puro.

Aos prazerosos tons de Elis,
Nas sábias palavras Vinicianas,
Tranquilidade, serenidade, saudade.

Saudade anímica,
Saudade forte,
Um grande porte.

Sem idéia,
Não imagino,
Não lembro,
Não tenho.

Porém saudade,
No entanto a falta,
A fala, a presença,
A troca serena.

E o amigo desce,
O amigo calado desce,
Se afasta, cumprindo,
Seu desígnio e expressando.

Expressando força, luz, calor e alegria,
Minha tristeza ele discipa.

E a Asa Branca namora,
E a natureza não demora,
Se faz quieta, alerta,
Sempre se expressa.

Mostra, não fala,
Ensina com atos,
Não impõe, mas cala.
Eita esse piano,
Tom Jobim me causa espanto,
Eita nóis, eita samba nóis.

E a natureza resiste,
A praça comporta e conforta,
Eles passam, eles vão, eles vêem,
Sempre nós, aqui, sempre alí,
Muitos passam e não vêem,
Mas a praça resiste, mostra,
Ensina o que está além.

E a Asa Branca satisfeita,
Já feita, já benta,
Na Sibipiruna velha amiga,
E o Astro desce findando a tarde bela.

Quero-te amigos,
Quero-tê-los iguais,
Determinados, disciplinados,
Fiéis, humildes obras divina.

II

A brisa chegava,
Anunciava friamente,
A penumbra enfeitada.

As estrelas sorriam,
Aquela luz de muito longe viajava,
Trazendo-nos a idéia,
Limitados! Daquela luz,
Qual era sua estrada?

Muitos pensavam, olhavam,
Muitos percebiam, mas,
Não entendiam.

Poucos refletiam e perguntavam,
Poucos de longe questionavam.

A vida passava,
Na Asa Branca, na palmeira,
Na tarde sorrateira,
Sibipiruna galhaeira,
Entre Chico, Regina e Moraes,
Ao som da bossa, da nova,
Ao calor de um raio solar.

Olhava entre outros,
Percebia como poucos,
Sentia, no entanto faltava,

Chorava, refletia e nada preenchia,
Chorava, falava e nada me tocava.

Sorri e olhando para mim,
Caí, me ví, vítima infeliz,
Na tarde passada,
Na noite recém chegada.

III

Por momentos é triste,
Por horas é fato,
Em momentos um calo.

Tudo anda, caminha,
Nasce de nossos braços,
O trabalho, a lida, a trilha.

O coração, o coração se engana,
Não muda, não acorda e cultua,
Da noite pro dia sentimentos de alegria.

Ele vive, ele faz viver,
Os pensamentos junto a ele,
Nos fazem crer.

Mais um dia ou menos um dia,
Na manhã bela e outra vez nela,
O Astro divino, fiel, emanando carinho.

Aquece e conforta o coração,
A alma torta,
Reanima, consola e não amola.

O firmamento belíssimo,
Azulado magnínimo,
Divino infinito.

E eu aqui apenas,
Mais um em seu caminho,
Aprendendo, chorando e as vezes sorrindo.

É tudo que sinto,
Saudade da terra distante,
Não me lembro, não me atenho,
Apenas tenho.

Das pessoas, dos carinhos, dos amigos,
As vezes aqui procuro,
As vezes aqui cultuo,
As vezes aqui me entitulo, só.

Meus olhos são cegos,
Meus sentimentos traumatizados,
Não me abro.

Endurecido espero, por aquele afeto,
Não sei de onde,
Muito menos a fonte.

Por enquanto permaneço,
Ao calor dessa estrela em firmamento.
Com as árvores me consolo,
Com suas estáticas friezas,
Porém acolhedoras da natureza.

Espero, quero-te, peço-te,
Em momentos aparento,
Força, equilíbrio e raciocínio,
Um grande jovinal,
Mas no fundo no fundo,
Quem não é um sofredor em potencial?

Não sou o que pensa,
Não sou o que acha,
Não sou essa força,
Que te consola e abraça.

As aves no campo sim,
São elas, são fortes, são livres,
Sobrevivem, nascem a cada dia,
Para a luta, conduta, perseverança,
Sobrevivencia nessa grande aliança.

Na manhã de muita paz,
Vocalizam o canto da vitória que traz,
Comemoram mais um dia,
Sobrevoam, sobrepondo a vida,
Em primeiro plano.

E tudo aqui dentro,
Parece ser a esmo,
Muitas vezes não tem sentido,
Muitas vezes perco o libido.

É duro? Não, é ignorante!
É homem criança,
Criança que chora,
É choro que mente,
Do homem carente.
É lágrima que fala,
Da ignorância firmada.
É a trilha que ensina,
A vida que mostra,
A natureza que brota.

Somos ela, estamos nela,
É o anú a bailar,
No azulado iluminado,
Pelo calor solar.

É o anú a cantar,
Como o Tom em um tom,
Que nos faz relaxar.

Nos faz pensar,
Nos faz calar,
E ao redor observar.

“Olhai os pássaros no céu”,
São eles mestres, ensinando,
Acima de tudo exemplificando.

Humildes, inteligentes,
Nasceram e cresceram,
Da divina semente.

IV

Ok Baby...como queira!!!

A vida é assim mesmo,
Ela é momento,
Ela é silêncio,
Ela emociona,
Ela decepciona.

Ela ensina,
Cativa e mostra,
É paciente e nos espera,
Nos conforta com o tempo,
Nos fala com exemplo.

Nos amadurece,
Como o sol ao fruto,
Nos fortalece,
Como o sol ao broto.

Nos guia,
Nos norteia,
É sorrateira.

Nos abençoa,
Nos perdoa,
Consola e também magoa.

É a vida,
É linda,
E é bonita.

É como Maria, Maria,
É um dom,
Uma certa magia,
Uma força que nos alerta.

É a ave,
O cão,
O gato e o rato.

É a vida,
Bonita, linda.
Mestre que ensina.

E você é a vida,
Eu sou a vida,
Nós somos a vida.

A vida, luz do sol,
Que aquece e conforta,
Corrente do mar que leva,
Que naufraga,
Que traz, que vai e que volta.

Raio solar, que queima,
Desidrata e também alimenta.

É a vida,
Bonita, linda,
É divina.

É divina como você,
Como eu como nós,
É bendita,
É linda.

João 07/07/08

sábado, 5 de julho de 2008

O que é beleza (caros amigos)

O que é beleza?
Uma pintura de aquarela
Ou uma paisagem na natureza?

A beleza pode estar no quintal
De uma casa qualquer
Na juventude de uma jovem mulher
Ou então na simpatia
De um pequeno animal

Mas o que realmente é ser belo(a)?
Creio eu, que sejá a essência
O misterioso natural
Que desabrocha sem ser percebido
Sendo a surpresa de um sorriso
Ou até um simples olhar agradecido
Ou então a enorme força da amizade
Que nos invade
Com tamanhã exatidão
De preencher o coração

Não procure a beleza
Como o colecionador
Procura sua nova borboleta
A beleza é espontanea
Só se mostra com leveza

Observar a beleza nos versos
É maestral, não é pensamento formado
É intuição, leveza sem razão
É pura expressão
Dentro da poesia
Construidas por belas palavras
Entre versos sublimes

Poeta sou? talvez projeto
Beleza expresso?
Talvez sua sombra
Sem cores nem brilho
Só sua aparência

Sigo o padrão
O padrão não é belo
Nem ao menos singelo
É turvo e curvo
Tento sair desse condicional
E estampo em minha parede
Uma rede, verde, natural!
Que me envolve com leveza

Me desfaço com o vento
Acalmo meu lamento
Em momento de paz
Gero novo pensamento
No qual aqui me despeço
Com uma pergunta ao vento
Que passa pelas pessoas
Sem ser notada
E a pergunta que faço é
O que é beleza
Responda se puder!
(David - 2008)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

POETAS DE UMA RUA DIVINA

Eram crianças, eram moleques
De uma rua sem dono
Em um tempo atrás
Vivíamos como em um sonho
Numa linda manha de outono
As folhas que caem
Não voltam jamais

A lua crescente
Um dia de repente
Cheia se forma
No céu a brilhar
A vontade do menino
Sempre pedindo
Um dia se transforma
Diante de seu olhar

A união é eternizada
Pelas palavras
Dos poetas de prontidão
Em momento de solidão
Espelham-se na reflexão

Nos momentos de amizade
A paz vos invade
Em profunda sensação
Em cada um de seus corações

Meninos poetas
Jovens crianças
Pedem aos versos
Que cantem vossa
Querida união

Um dia acordei
Novamente criança
Na rua divina
Amigos, esperança
Pareciam adivinhar
Que tudo era um sonho
Onde ninguém
Queria acordar

Meninos, moleques
A criança cresceu
Mas com ela uma amizade
Que naquela rua divina
Nesses dias floresceu!

(David – Sobre os momentos de juventude e sobre a amizade eterna de vossos amigos poetas – 06/06/08)

TERRA DE MISTURA BRASILEIRA

Negros, brancos e amarelos
Berimbau, calor, tropical
Formação de um povo pardo,
Cabloco e claro brasileiro
Mistura social de cultura
Sem igual!

Zumbi, Palmares, Candomblé
Afoxé, capoeira e Pelé
Da áfrica os antepassados
Vieram à força escravizados
Povo com samba no pé
Fazem do Brasil o orgulho que é!

Iemanjá, Quarup, Sairé
Guarani, Bororo, Kaité
Mandioca, tapioca e pororoca
Povo nativo, povo mateiro
Nas raízes de sua cultura
Unificam o povo brasileiro

Japonês, alemão, português
Italiano, espanhol e chinês
Tempero na mistura tropical
Fazem do Brasil um país global

Somos 170 milhões de brasileiros
Pessoas vindas do mundo inteiro
País de muita reserva natural
Hoje população urbana
Mas de raiz rural!

(David – Formação do povo brasileiro – 06/06/08)

EU NÃO TENHO RAZÃO

Pela janela de meus olhos
A razão me escapa
Entre os quadros de meus pensamentos

Na casa ou na escola
Na cidade ao lado
Ou dentro da escuridão
Nas nuvens a plainar
Sobre minha solidão
E eu sem razão

Na favela
Ou no planalto central
Aqui mesmo nesse local
A verdade se perde
E a vaidade se acha
E eu ainda sem razão

As crianças brincam nas praças
Os adultos em depressão
Na política o velho jogo
O povo na decepção
Fico eu em meu quarto
Sem o mínimo de razão

Nem na voz do mais próximo
Encontro a tal razão
Quando em minha própria alma
Ela não vê razão em ter razão

Corro como o vento
Suave e leve
E derrepende
Denso e pesado

Aí simplesmente me precipito
Sobre as ondas do mar
Que em razão do vento
Faz todas as ondas dançarem

A razão pela qual o mar
Ora está em alta
Ora está em baixa
É a mesma razão
Que o homem procura
Para explicar
Sua inconstância
Suas dores d`alma

E eu não vejo razão
Em entender tal situação
Uma vez que,
O mar e o vento
Não procuram pela mesma

Mas às vezes eu
Aqui calado sem razão
Procuro tal explicação
Sentado, olhando o nada
E imaginando o que existe
Por detrás dessa ilusão!

(David – 09/08 – Um dia de aprendizado)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Ao coração belo

Mais um dia,
Mais um momento,
Mais uma lida,
Mais uma vez na trilha.

O dia é frio,
O Sol ainda fraco,
As nuvens muito fartas,
O ar ainda gelado.

Manhã que vivifica,
Ar fresco que regenera,
Brisa leve que me intera,
Construindo vontade bela.

Meus pensamentos ainda frescos,
Minha vontade ainda a mesma,
Erros meus ainda os mesmos,
Minha vida ainda na tangência.

Achava eu havia esquecido,
Achava-me já refeito e bem valido,
Via-me diferente,
Via-me contente.

Mas a verdade é una,
Meu ser ainda persiste,
Minh'alma ainda luta,
Minha vida ainda parece ser tua.

Bastou um momento,
Bastou um minuto,
Bastou uma proza,
Palavras em troca.

Nas minhas profundezas,
Essa vontade despertou,
Novamente trazendo a tona,
Vontade de tê-la como minha dona.

Creio não imaginar,
Que nesses humildes versos,
É você querida,
Que tenho a desejar.

Talvez veja,
Talvez perceba,
Talvez nem leia,
Muito menos entenda.

Mas estou disposto,
Estou entregue,
Estou expressando,
Mesmo que chorando.

Mesmo que chorando,
Sua distância,
Sua ausência,
Que triste opulência.

Estou expressando,
Sentimento sincero,
Com o coração aberto,
Me entrego.

Nunca me ví,
Como hoje me vejo,
Nunca percebi,
Como hoje aqui.

É dificil para mim,
Me entregar e dizer,
É dificil para mim,
Dizer e me abrir.

Mas seu sorrizo desconcertante,
Seus lisos fios castanhos,
Seu silêncio,
Sua distância.

Me tocou,
Me mudou,
Me formou,
Me fez dizer.

Dizer por aí,
O quão uma menina,
Menina tão bela,
Me fez construir.

Versos dedicados,
De um coração calado,
Versos sinceros,
À um coração tão belo.

João 23/06/08

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Minha nova Diva

Prazer culinário e secundário
tudo como pano de fundo
querendo dizer para o mundo
seu novo sentimento primário

Está em primeiro lugar
como nas paradas de sucesso
sobem e descem como gangorra
mas no topo se congela

Da fogueira sai o calor
que aquece o corpo
do toque sai a brasa
que ascende a alma

Momentos eternos
com amigos fraternos
que pelo menos uma vez
são coadjuvantes

A situação é propícia
os amigos confortam
a corrente é positiva
e ela é a diva

Essa é minha nova diva
Redescobri um sentimento
estava escondido e hoje o achei
posso até deixá-lo desaparecer
mas sei que sou capaz de reencontrá-lo
basta o toque mágico de quem me cativa
Obrigado minha nova Diva


Ciro R. Pires

02/06/2008

Turbulência

Me calo, me sinto corroer,
Me falo e me consolo,
Fechado em meu ser.

Me sinto tolo,
Me sinto fraco,
Me sinto só.

Não sei ao certo,
Onde chagarei,
Filosofando me encontro,
Chorando me desmonto.

Lágrimas de perdição,
Lágrimas de solidão,
Muitos ao redor,
Poucos no coração.

Muitos dispostos,
Poucos me mostram,
Preencher um vazio,
Curar uma chaga,
que a cada dia se faz vil.

Calado, calado eu choro,
Sem lágrimas aparente,
Minha dor me esfola.

Não sei a causa,
Não sei por que,
Não sei o que.

Não quero colo,
Não quero pena,
Não quero tê-la.

Essa dor esse pranto,
Essa chaga com espanto,
Esse triste passo,
Na vida solitário.

Laboriosa vida,
Que na dor me ensina,
Laboriosa dor,
Que na vida me cria.

Não sou só,
Com dor e dó,
Não sou só eu,
Não é apenas meu.

Apenas me expresso,
Com singelos versos,
Apenas me calo,
E muito humilde falo.

Apenas te mostro,
O que já conhece e sabe,
Apenas te mostro,
O que todos possuem e ignoram.

Perdido, solitário,
Muitos ao derredor,
Cada qual ainda só.

Só em sí,
Juntos em corpo,
Isolados em pranto.

Aparando arestas,
Solidificando a fé,
Falhando nas brechas.

Diciplinando o vício,
Esforçando a alma,
Enobrecendo o espírito.

Amigo, amigo, não vejo te ao lado,
Sei de tua presença,
Mas não tenho tua nobreza.

Não sou dígno,
Não sou merecedor,
Sou apenas antes e hoje,
Um grande pecador.

Peço te ajuda,
Peço te perdão,
Por esmorecer,
Nesse grade turbilhão.

Muitos me olham,
Poucos me vêem,
Alguns me têem.

Mesmo assim, mesmo assim,
Sou esse, sou isso,
Sou inconstância,
Estou na infância.

A vida me educa,
A vida me mostra,
Castiga a ignorância sólida.

A vida ensina,
A vida cativa,
A vida explica.

O tempo constroe,
O tempo destroe,
O tempo me moe.

O tempo cria,
O tempo amamenta,
O tempo aumenta.

Fortalece, enobrece,
Ensina e desatina.

Dá prazer e constâcia,
Dá a dor e amor.

Cicatriza e revifica,
Mostra e indica.

Assim mesmo,
Vejo tudo a esmo.

Assim caminho,
Lacrimoso e choroso.

Assim desabafo,
Mostro e reajo.

Assim indico,
O que cada um têm.

Assim lembro,
Da incostâcia do homem.

Da ignorância, da arrogância,
Do orgulho e vaidade.

Da beleza da inconstância,
Da realeza do sentimento.

Das conquistas e superações,
Das forças dos corações.

Reunidos e alinhados,
Em grande amor beneficiados.

Assim termino,
Chorando calado.

Assim me mostro,
Com um grande fardo.

Te trago e faço,
Lembra do te eu.

Que não diferente disso,
E muito parecido deve ser.

João 02/06/2008

Ao pé da musa e labareda

Em noite aberta sob a aboboda celeste,
O ar tornava-se gélido com o passar dos viciados ponteiros,
Ao redor da labareda confortante,
Os amigos ali se consolavam por inteiros.

Fogo divino, brasa desconcertante,
Como és linda hipnotisante!!
Te olhávamos juntos, sós estavamos porém,
Cada qual em seu arém, de pensamentos e momentos.

Estava só, em grande devaneio,
no mesmo momento que ao redor estava,
cercado de grandes companheiros.

Pensamentos e sentimentos,
deitado na confortante e acolhedora gramínea,
Em grande felicidade em emoção me via.

Inexplicavel sentimento,
intraduzível momento,
com a linda cadente rasgando o firmamento.

Ao pé da musaceae me sentia confortado,
Com amigos da noite que ao redor volitavam.
A procura de insetos os amigos mamiferos,
Caçavam de braços abertos.

Sua presença era certa,
Ao pé do ouvido passavam cegos,
Mas diferentes de nós, na noite se fazem certos.

De olhos fechados de longe captava,
Aqueles grandes companheiros de longa jornada.
Naquele momento percebi,
Que do passado viemos e por uma vida melhor,
Sedentos nos fizemos.

A lenha estalava, meus olhos se molhavam,
Ao pé da musaceae via aquela fumaça.
Parecia limpar as mentes que no fundo,
estavam a chorar.

Sentia, muito estava a sentir,
E maior foi a emoção,
Quando energias positivas,
recebia de um grande irmão.

Companheiro fiel,
De longe vínhamos,
Conquistando e chorando,
Pela felicidade sempre procurando.

Mais uma vez nos reunimos,
Em vida singela,
Sonhando perante horizonte,
Que em nossas mentes se fazia belo.

Que noite aquela,
Que força amorosa,
nos tocavam fazendo história.

Que momento,
Que sentimento,
Que prazer imenso!

Que emoção,
Que coração,
Que solidão!

Que tristeza,
Que lagrimas,
Que chaga!

Que força,
Que ajuda,
Que beleza!!

João 02/06/2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

A rede do pescador e a rede de computador

O pescador ruma pro mar
Da os últimos nós em sua rede
Olha pra mulher, fala para as crianças
E promete que muito peixe vai pegar

O fio de nylon fixo aos outros fios
Mostram ao pescador
Que na hora de jogar ao mar
A rede não vai falhar...

O filho do pescador
Despediu-se do pai
Um aceno de longe
E a criança volta para o lar

A vila já não é a mesma
Não tem mais vela
Tem luz acesa
Tem televisão para olhar
Tem internet para navegar

Nessa rede de informação
A comunicação flui
Mais rápido que o ar
Num simples click
Gente do outro lado do mundo
Da para conversar

O pescador joga a rede no mar
Por ela muito peixe vai passar
O filho entra na rede cibernética
Por ela muita informação vai cruzar

O pescador volta para o lar
Com muito peixe e história pra contar
O filho a sua espera
Tem muita informação para lhe passar!
A rede do pescador e a rede de computador

O pescador ruma pro mar
Da os últimos nós em sua rede
Olha pra mulher, fala para as crianças
E promete que muito peixe vai pegar

O fio de nylon fixo aos outros fios
Mostram ao pescador
Que na hora de jogar ao mar
A rede não vai falhar...

O filho do pescador
Despediu-se do pai
Um aceno de longe
E a criança volta para o lar

A vila já não é a mesma
Não tem mais vela
Tem luz acesa
Tem televisão para olhar
Tem internet para navegar

Nessa rede de informação
A comunicação flui
Mais rápido que o ar
Num simples click
Gente do outro lado do mundo
Da para conversar

O pescador joga a rede no mar
Por ela muito peixe vai passar
O filho entra na rede cibernética
Por ela muita informação vai cruzar

O pescador volta para o lar
Com muito peixe e história pra contar
O filho a sua espera
Tem muita informação para lhe passar!

(David - 28/05 - usado para as 8º séries)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Hoje mais um dia amanheceu

Hoje mais um dia amanheceu
O sol brilhou com intensidade
Os pardais voaram pela cidade
As estrelas disseram adeus a noite cálida

Hoje mais um dia em nossas vidas
Novos acontecimentos
Novas oportunidades
Os amigos continuam
Fortalecendo as amizades

Hoje aqui discorro a pensar
O que faço de minha vida
Após da longa caminhada voltar

Minha vida não é só
É de todos que dela fazem parte
É dos amigos, é da família
É de todas as pessoas queridas

Os meus versos
Quem são eles
Se eu apenas for o leitor
Meus poemas
Quem são eles
Se não tiver muito amor
Minha vida
Quem é ela
Sem a experiência vivida

O sol se põem no fim do caminho
Mas não há fim
Quando sempre precisamos retornar

As vezes saímos de cena
É presciso, nem sempre
Podemos nos doar
Mas quando estamos
Com a noite, onde o silêncio é maior
Organizamos todos os nossos pensamentos
Para o brilho do sol sempre voltar
Renovado de energia
Paz e alegria
Que faz até passarinho cantar

Hoje é mais um dia querido
Nada de mais!
Apenas sai no campo
Que nós mesmos semeamos
Para colher minha pequena parte
Que contigo quero repartir
Sei que assim
Deus não deixará faltar!

(David Lugli - 26/05/2008)

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nas ladeiras do meu coração

Lá vem o menino subindo a ladeira com seu carrinho na mão. Ele chega no topo para o grande momento, descer tudo aquilo é o seu prazer. Pode durar pouco, mas esse momento pra ele é eterno, como são eternos os momentos que passara com seus amigos, suas mulheres e seus carros. Mas ele guarda com carinho alguém mais especial que sempre esteve com ele o guiando e que uma hora não estará mais presente fisicamente e que ficará eternamente em seu coração, como um ladeira infinita!

Ciro R. Pires

23/05/2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O meu sítio querido

Olha a mula moleque
olha o jegue menino
aprenda com o velho
as estórias do sítio

Vaquinhas mugindo
leitinho quentinho
Na mesa a natureza
no coração uma paz

Quem me dera essa vida
que dantes era comum
fugimos dela
e sonhamos com ela

A lenda da mula
que agora tem cabeça
o Homem do saco
que hoje está furado

A vida no campo
terá seu retorno
e nesse dia
eu te chamo

Vinde comigo cumpadre João
vinde comigo cumadre Maria
arriei o cavalo e a égua
vamos pra esse mundão

Passear, cavalgar,correr e brincar
o campo está aberto basta acreditar
estou em um sonho não muito distante
venha comigo é só se juntar

Vamos compor muitos versos
a visão é explêndida e o ar é puro
os sons são suaves e o clima perfeito
É o paraíso e está próximo

Meu avô me falou e minha alma escutou
estamos a poucos quilometros, o sítio é logo ali
Termino esses versos, quero logo chegar
Te encontro lá basta só entrar!


Ciro R. Pires

23/05/2008

O seu Deus

Crendas , mistérios e devaneios
tudo isso me excita
Vela, mandinga e figa
tudo me instiga

O que será do menino
que ajoelha no milho
e paga um castigo
sem essa missão

Tudo na vida fascina
ritos, festas e prosas
um lampejar de idéias
estraga o mistério

Razão para que?
Cooperação é viver
Rezar é amar
Doar é ser Deus

Um pedaço de Deus
no sentimento de fé
sempre guardará
um espaço pra consciência

Consciência é
junto com a Ciência
e não contra a Fé
Deus e o diabo

Fé de mais
cheira mal
Fé de menos
o aroma é sem sal

Sinta, viva, cante
Chore, ria, lute
seja você a imgem
do teu Deus


Ciro R. Pires 23/05/2008

Para alguém especial

Existem pessoas que não simplesmente passam pela sua vida , mas que cravam sua marca como tatuagem. Não digo que permanecem próximas apenas na alma mas também fisicamente, devido as sensações corporais que causam em uma simples lembrança e revendo uma foto. Confesso que tenho arrepios, dou risadas e também choro, mas o meu maior conforto é que dentro de mim tem um pedaço de você e eu sei que virá buscar, nem que for pra levar essa marca para sempre e longe de mim!


Ciro R. Pires 23/05/2008

Reflexões de um julgamento

Estamos aqui, mesa farta , papos fúteis e todos num mesmo desejo: Reafirmar a amizade. Seria só isso? Não. Eu vejo pessoas apaixonadas, vejo egos querendo se impor, gente mostrando avareza, indivíduos puramente reflexivos e seres sensitivos ou pseudo-sensitivos.`As vezes julgamos as pesoas e não olhamos para nossos próprios defeitos e para a origem dos defeitos do outro, mas felizmente percebemos nossos erros quando estamos cercados de pessoas que não nos deixam levar adiante esse julgamento . Felizes daqueles que possuem os julgadores de seu julgamento, isso sempre impedirá que você cometa injustiças e que você acabe sendo indesejado e triste e um mundo de egoísmo e mágoas. Tomara que eu continue ou volte a ser sensitivo e nunca me torne pseudo-sensitivo. Acho que hoje aprendi mais uma lição e agradeço mais uma vez aos meus amigos.

Ciro Pires 22/05/2008

Meu coração é um "Hall" da fama

Cantam os galos e assobiam os pássaros, os ouço da varanda, amanhece mais um belo dia, sons latentes em meu ouvido, descansado por uma bela noite de sono. Espírito renovado , idéias centradas. Agora posso descorrer com sobriedade tudo o que penso à respeito das sensações. Difícil me imginar ferindo o coração de quem eu amo, mas às vezes não dou conta que assim o faço, nada como uma introspecção, longas 12 horas de sono e um bom papo para obter a paciência de esperar por momentos épicos que mudarão o rumo de minha vida, ou que ao menos estarão gravados em minha memória, tentativa sempre válida que ao menos estará gravada no "Hall" da fama do meu coração.

Ciro Pires 22/05/2008

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O novo Amor e Cuba-libre

Surpresas acontecem, estava o boêmio em mais uma de suas empreitadas noturnas quando de repente o impensável acontece e a vida se transforma.
Quantas vezes nossas vidas se transformam e nós com medo disso colocamos tudo a perder, seria uma defesa do organismo que se acomoda com uma rotina, seria medo de envelhecer ou seria a excessiva importâcia que damos ao julgamento da sociedade?
Eu acho que é um pouco de tudo, mas a vida continua passando e eu estou aqui admirando a beleza da constução divina que me deixa cada vez mais adorador das mais belas paisagens , das mais belas mulheres, dos verdadeiros amigos , dos animais , dos alimentos e de um bom copo de Cuba-lbre.


Ciro R. Pires 21/05/2008

Poema de bloquinho 1º Temporada

POEMA DE BLOQUINHO

Sopro na vela
As luzes se apagam
A lua adormece
E o sol nem repara

O lírio desabrocha
A criança desabafa
As pessoas se ignoram
Os versos agradecem
Os poemas que namoram

Sem poder ser pássaro
Conto com tais palavras
Posso, assim, um dia voar!

CURTINHO COMO VERSINHO

De dia adormeço
De noite apareço
Na rua escondido
Igual a bandido
O poste apagado
Fujo como gato
Sozinho me isolo
Já nem me conformo
Mais um dia de luz
Fujo da cruz
Pucas palavras
Assim a rima não acaba!

FUI MORAR NUMA CASINHA

Numa casinha bonita
Bem lá no alto da serra
Onde passa um rio
Onde pela manhã névoa
Fiz banquinho pra ver o mar

Lá na casinha singela
Lá bem no alto da serra
Chamei minha moça bonita
Para vim comigo morar
Na casinha novinha
Lá do alto da serra...

BRICADEIRA DE CRIANÇA

Roda, roda meninada
Roda a vida
Roda sem parar
Roda criança
Roda moinho
Roda gira-gira
Roda pro tempo acabar
Roda o ponteiro do relógio
Roda a vida do menino
Roda o mundo
Gira a terra
Agora adulto
Vai ficar!

FESTA JUNINA

Pau de São João
Flor de primavera
Tem brasa pra pisar
Tem fogueira pra gente beijar
Tem moça bonita dançando
Tem sanfoneiro tocando
Pé de moleque, milho verde
Tem muito amigo conversando!

(David Lugli - 21/05/08)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

IRINEU E SEU SONHO DE LUZ

Cheguei em casa outra vez
Já não sabia o que fazia
E nem o que desejará
Apenas reconhecia os móveis
E os retratos na parede

Olhei por alguns segundos...
Meu Deus! Exclamei apavorado
Já não me lembrava de nada
Nada mais era familiar

Apenas ardia em prantos
Ó vida o que aconteceste
Minha família - Meus amigos
Onde estão todos?

Quase em desespero maior
Sem fôlego para respirar
Bate em minha porta um rapaz
Traje de gala, cabelo grisalho

Como vai Irineu? Pergunta o rapaz
Eu ainda muito assustado respondi:
Como você sabe quem eu sou?
Não te lembraste Irineu?
Já está em outro plano
E ainda não se desprendeu de suas lembranças materiais


Irineu cansado começou a chorar
Já não sei mas o que fazer!
Disse em prantos
O bom rapaz então me disse
Vem Irineu, venha comigo que vou lhe mostrar

Irineu esperaste a vida toda por um milagre
Mas o caminho mais fácil era acreditar
Acreditar Irineu! E você trabalhou duro
Mas não botou fé em seu trabalho
Isso adiantou de alguma forma!
Mas não fez concluir seu objetivo

Irineu cansado e fustigado disse:
Mas sempre ouvi dizer que Deus ajuda os trabalhadores!
O homem então respondeu:
Sempre ajuda! Por isso estou aqui!
Mas só se conclui os objetivos se realmente você acreditar
Fé Irineu essa é a palavra chave

Vá Irineu isso foi apenas um sonho
Um sonho de alerta e instrução
Volte a sua vida e continue trabalhando
Como sempre trabalhou
Mas agora coloque em seu coração muita fé
Esperança em suas realizações
E quando possível emita
Boas vibrações!
(David - 16/05/2008)

Filosofando fatos


Mitos, histórias, contos, relatos, narrativas, dentre outras formas de expressão, sempre contagiaram o ser humano que em uma busca frenética por fatos de caracteristicas esteriotipadas em relação a ele mesmo vêm passando esse hábito desde os povos mais antigos dos mais anciões para os mais jovens como por exemplo os gregos, que chamaram o estudo desse hábito de mitologia. Quando esse hábito se concretiza e ao seu redor há razão para tocá-lo de argumentações surgem filosofias como raízes das ciencias que sustentão o estudo acirrado e neutro.
A ciencia que é baseada na investigação racional ou estudo de uma natureza direcionado a descoberta de uma verdade de maneira metódica ou de acordo com um método científico formando um processo para avaliar o conhecimento empírico sempre buscar razões, respostas e conclusões. No entanto há limitação e paradoxos na emição de laudos críticos no âmago da análise da oralidade e memórias. Um exemplo seria analisar autobiografias, não reduzindo a narrativa apenas a fatos mas procurando colocar cada acontecimento dentro de um todo capaz de ser visto por filosofias e psicologias alheias ao mesmo. Se houvesse a possibilidade de uma entrevista ou narrativa oral nas quais juntamente a expressão dos sentimentos, uma vez que recordar e comentar é interpretar e viver, haveria talvez menos necessidade de argumentos convincentes construindo e atribuindo significado a própria existencia e identidade. A subjetividade no entando não deixa de estar presente tanto para o que vivencia de fato o acontecimento interpretando-o como para aquele o qual chega aos ouvidos como narrativa. O que de realmente houvera ocorrido? Por quais motivos foram interpretados de tal maneira? Qual fator foi relevante para que o fato fosse burlando ou não parcialmente de maneira conscinete ou subconsciente no momento da narrativa?
Essa relatividade se torna intensa, questões nascem a todo momento, mentes sugerem o que acham o correto, pensam em demasia, sentem muito pouco e acabam não chegando a uma conclusão sobre a intensidade da vida. Vivem em função dos sentimentos e pensamentos alheios fechando-se aos próprios que forçam a sair constantemente, no entanto, devido a barreira cristalizada pela forma de pensar e agir se acalmam e deixam ao tempo a incubencia da reestruturação e reequilíbrio sentimental. Porém uma coisa é certa, um fato é um fato.

Bibliografia consultada:Perine, M., Mito e Filosofia, PHILÓSOPHOS 7 (2): 35-56, 2002.
João Tozzi 14/05/2008

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Versos dedicados a Arqueologia

Do passado se extrai a vida
Como da flor se extrai o mel
As sensações já foram esquecidas
O que permanece é material
Fóssil da arte antiga que se faz real

Na terra - sua história
Camada a camada
Como páginas de um livro
A muito esquecido

Um livro velho e incompleto
Letras apagadas e folhas rasgadas
Nos contando o que sobrou
Daquela cultura
Que um dia se acabou

A arqueologia se faz assim:
Olhe a paisagem - olhe a natureza
Veja um lugar especial para se viver
Descubra as marcas da história
Que o tempo não se encarregou de apagar
A vida humana brota do solo
Sem seus antigos atores
Mas para quem tem imaginação de arqueólogo
Tudo faz renascer de novo
De geração em geração
Recontando sua história
Remontando a vida
A muito tempo esquecida
(David - 14/05)

Verônica e seus sete filhos

Eram sete:
João Victor, Isaias, Eleonor
Cláudio Henrique, Marcos Paulo
Fátima e Claudionor

João Victor era o caçula
Homem quieto, sereno
Pensador!
Aos 17 casou-se
Criou família e se mudou

Isaias era filho de adoção
Achado por Verônica
Quando sua mãe o largou
Garoto ruim, mal amado
Filho da dor!

Eleonor foi a primeira mulher
Ainda jovem fujiu de casa
A procura de aventura
A mercê da vida cotidiana
Trabalhou por muitos anos
Lá na "casa da Dona Joana"

Claudio Henrique sempre foi esperto
Quando moleque: mendigava
Quando jovem: roubava
Agora adulto: advogado
Homem de respeito!

Marcos Paulo
Queria ser jogador
Perna de pau, foi parar no gol
Na pequena área
Conheceu a malícia do esporte
Mudou-se para Manaus
E ganha dinheiro
Ensinando criancinhas no futebol

Fátima e Claudionor
São gêmeos
Primeiros filhos de Verônica
Hoje permanentes em vida
Cuidam da matriarca
Com cooperação, zelo
E amor!
(David - 14/5)

Um pouco de solidão a liberdade que todos entendem mais que ninguém sabe explicar

Perdidos em continentes de mágoas
Ou em oceanos de solidão
O pensamento humano
É tão sólido quanto a terra
E tão desforme como a água

Se procurarmos algo na vida
Ó vida!
Nada nos dará
Se acharmos pedras no caminho
Ela nos colocará em novo andar
Mas se enxergamos a luz-guia
Um novo caminho a se iluminar

A solidão as vezes nos conforta
As vezes nos mostra nossa própria imagem
Aquele que não teme - não terá medo
Aquele que se enconde em sua máscara
Desmoronará diante a ansiedade assolada

Olha a ti! olhe as árvores
Olhe as pessoas todas juntas!
Olhe as paisagens! suas transformações!
Olhe a ti - mas olhe profundo

Não se veja com os olhos
Não se vejá com exatidão
Vejá a ti com os olhos da alma
Enxergando a luz no coração

Gira mundo e estamos todos aqui
A cultura nos é interessante
A falta dela: Aos ignorantes
Gira mundo e estamos todos aqui

O que de verso canta a palavra
A cada palavra um pensamento

Extravaso pelos campos da liberdade
Sem ao menos conhece-lo

Seduzem os homens
Os próprios homens
Com seus artifícios e atemanhas
Se exploram e caminham ao nada
Poucos acharam a luz-guia
Muitos encontraram as pedras no caminho
E se perderam diante do calvário

A liberdade é algo que todos querem
É a atitude que todos erram
É a luz que todos teêm
É a imagem de ti
Que não foi aproveitada.
(David - 14/05/08)

domingo, 11 de maio de 2008

Tormentas do meu coração

Tormentas passam nos oceanos, algumas são brandas, outras devastadoras, mas um bom engenheiro costuma driblá-las através de construções inteligentes, mas mesmo assim um dia a natureza vence e esse é o destino. O ser humano também é asssim, suas fraquezas ficam escondidas e mascaradas inteligentemente mas um dia a natureza também vence e tomara que sua natureza seja igual a minha que transborda em lágrimas ao simples toque de um amigo verdadeiro.


Ciro Pires
11/05/2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ao som das vozes ocultas

O medo talvez seja o desconhecido!

Quantas vezes já ouvimos algo
E não percebemos o significado
As palavras e as frases soam
De boca a boca
Construindo o diálogo

A verdade é ilusão!

Estamos a merce de nossas vidas
Acreditamos nos manuscritos alterados
Depositamos fé nos dogmas humanos
Nos sugeitamos a fácil compreensão

Quem acredita sempre alcança! (Russo)

Aqueles que depositam a fé em Deus
E não nos dogmas da igreja
Então serão pessoas livres para pensar
Mas não entenderão a verdade
Apenas compreenderão a situação

Faça o bem a todos!

Amigos e desconhecidos
Não faça um inimigo
Passeie pelo mundo
E ore pela compreensão

Desejo um bom dia a todos!

Amigos de sempre
Aqueles que nos acompanham
E nos dão forças
Desejo a ti o melhor dos dias
Ore ao próximo
Não entre em intrigas
E ouça a voz do coração!

Dedicado aos amigos (TODOS) David

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Somos todos homens lúdicos



Reviver o que nunca deveria ser revisto e sim vivido , sempre!

Porque devemos deixar as coisas boas da vida pra trás e lutar para reconquistá-las apenas num futuro distante?
Viver no presente o que deixamos no passado e queremos para o futuro é o segredo. Tudo fica escancarado nos rostos cheios de risos com a felicidade estampada ao cairmos no chão, nos ralarmos e nos deleitarmos em bricadeiras que as crianças não têm vergonha de brincar e os adultos insistem em ocultar em seus corações.
Ontem retornei ao inrretornável que está dentro de mim portanto faz parte do meu corpo: O Homo Ludens.
Ciro Pires 02 / 05 / 2008

Devaneio...


A chuva mansa e benfaseja que levemente despenca da atmosfera saturada traz junto de suas moléculas uma alma bem lavada. Com a gélida água conformando-se e consoando-se da carência inexplicável, buscando no interior do espírito guerreiro a força nescessária para romper com o casulo da metamorfose tornando-se a Monarca pronta a alçar vôos de superação e conquistas....


João 02/05/2008

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Ao som dos toques e perfumes orientais




Sinto sua falta menina, você que ao menos sei quem é, que ao menos sei onde mora. Sinto-me longe de tí alma querida que me afaga os pensamentos nos momentos tristonhos. Sinto-te longe amada querida, você que ao menos sei o teu nome. Sinto-me distante de tuas palavras, vejo-me só à sombra das àrvores campestres, banhando-me com a atmosfera branda e pacífica que envolve a todos ali presentes. Sinto-me rodeado de pensamentos a me consolarem, sinto-me um forte fraco a chorar diante o silêncio do isolamento vergonhoso que me afronta o ser. Sei que é necessário a força, sim a força que todos nos dedicam, as vezes com carinho, as vezes com orgulho. Sei também haver "por ques", sei que há razões, só não as entendo. Sei também que faço as vezes de cunho rústico e não maleável, sei que as vezes procuro no som das doces e suaves melodias tibetanas o consolo para a dificíl trilha que escolhi. Sim, que escolhi, pois poderia eu estar por aí a expalhar decepções? Com qual direito poderia eu por aí me consolar com corações consoláveis e ao mesmo tempo criar necessidade de consolo naquele ser que me consola? Pois bem, porque escolhi uma maneira de viver bem com a consciência, de manter-me honesto comigo mesmo. E cá estou expressando sentimentos que nem mesmo eu sei para onde me levarão. Difícil? Será que é mesmo difícil? Quem disse que é? Você tem sua opnião pois lida deferentemente com as situações. Não acho difícil. Acho diferente. É novo, estou pensando em outras pessoas e ao mesmo tempo em mim mesmo. Percepções..À companhia dos fiéis amigos eternos, os caninos do coração, sinto me distante daquela que eu nem mesmo sei quem é, daquela que ao menos sabe de minha existência desesperadora em te-la ao lado. Cá estou ao som oriental e perfume do incenso, que muito me causam consolo.

João Tozzi 01/05/2008

Versos para tí




Não sei se é a verdade,
Não sei se é pra sempre,
Não sinto a tempo,
Não expresso a muito.

Sentimento intenso,
Essa alma me causou,
No silêncio turbulento do coração,
Me expresso com emoção.

Senhorita que calada me cala,
Senhora do poder de tocar,
Corações frágeis,
A se apaixonar.

Sorriso maroto,
Um toque que de fato desconheço,
Com seus belos cabelos,
Me sinto atraido para um beijo.


Desconheço, não sei me expressar,
Apenas fixo seus olhos a admirar,
Sua desejosa de tocar,
Seus cabelos sedosos a alisar.

Apenas penso e viajo,
Imagino e crio,
Como gratificante e prazeroso,
Seria te-lá de fato ao lado.

Talvez não saiba,
Quão intensa é sua presença,
Talvez não saiba,
O quanto a tenho guardada.

Por versos humildes já tentei,
Sua atenção voltar,
Para em meus ouvidos,
Sua voz chegar.

É dificl dela tirar,
No entanto quando se faz,
Sua voz, em meu coração,
Estimula a palpitar.

Saiba, doce canceriana,
Que um dia tentei me expressar,
Sua atenção chamar,
Te-lá junto a beijar.

Saiba, alma bem disposta,
Que em meu coração hoje mora,
Em meus sonhos se faz doce como amora,
E em meus pensamentos a vejo caminhar embora.

João 01/05/2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

Os dois lados da moeda

A luz do sol
Que me irradia
Em belo dia de segunda
É a mesma a iluminar
O solo ressacado do sertão!

A agua da chuva
Que molha a pureza
Da bela flor de meu jardim
É a mesma da enchurrada
Que mata crianças em Pequim

O bife acebolado
Levemente mal passado
A digerir em meu estomago
É o mesmo naco de carne
Que descarnou
O lombo da vaca morta

A lua que vejo admirado
Sentado a noite, quase calado
É a mesma lua a admirar
Assustada no universo
Os suicidios e assassinatos

O mesmo Deus
Que me dá paz e conforto
Diante do recanto do meu quarto
É o mesmo Deus
Dos retirantes mal-tratados
Do semi-arido brasileiro

A vontade que me faz ser
Simplesmente o que sou
É a mesma vontade dos idolátras
Em marchar por bandeira
Rumo ao extermínio racial

A moeda tem dois lados
Como a lua duas faces
Cada história é diferente
Para cada vida uma ausente

Sentado, eu aqui, a pensar
Meu punho a trabalhar
Rabisco esses versos presentes
Na folha morta
De uma arvore não mais existente!
(David Lugli).