"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ao pé da musa e labareda

Em noite aberta sob a aboboda celeste,
O ar tornava-se gélido com o passar dos viciados ponteiros,
Ao redor da labareda confortante,
Os amigos ali se consolavam por inteiros.

Fogo divino, brasa desconcertante,
Como és linda hipnotisante!!
Te olhávamos juntos, sós estavamos porém,
Cada qual em seu arém, de pensamentos e momentos.

Estava só, em grande devaneio,
no mesmo momento que ao redor estava,
cercado de grandes companheiros.

Pensamentos e sentimentos,
deitado na confortante e acolhedora gramínea,
Em grande felicidade em emoção me via.

Inexplicavel sentimento,
intraduzível momento,
com a linda cadente rasgando o firmamento.

Ao pé da musaceae me sentia confortado,
Com amigos da noite que ao redor volitavam.
A procura de insetos os amigos mamiferos,
Caçavam de braços abertos.

Sua presença era certa,
Ao pé do ouvido passavam cegos,
Mas diferentes de nós, na noite se fazem certos.

De olhos fechados de longe captava,
Aqueles grandes companheiros de longa jornada.
Naquele momento percebi,
Que do passado viemos e por uma vida melhor,
Sedentos nos fizemos.

A lenha estalava, meus olhos se molhavam,
Ao pé da musaceae via aquela fumaça.
Parecia limpar as mentes que no fundo,
estavam a chorar.

Sentia, muito estava a sentir,
E maior foi a emoção,
Quando energias positivas,
recebia de um grande irmão.

Companheiro fiel,
De longe vínhamos,
Conquistando e chorando,
Pela felicidade sempre procurando.

Mais uma vez nos reunimos,
Em vida singela,
Sonhando perante horizonte,
Que em nossas mentes se fazia belo.

Que noite aquela,
Que força amorosa,
nos tocavam fazendo história.

Que momento,
Que sentimento,
Que prazer imenso!

Que emoção,
Que coração,
Que solidão!

Que tristeza,
Que lagrimas,
Que chaga!

Que força,
Que ajuda,
Que beleza!!

João 02/06/2008

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