"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Os dialogos platônicos não acabaram..

E com colaboração ilustre:

Giovana:

Eu comi pizza de brócolis. E eu não gosto de brocólis. E eu gostei.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O Velho Bode


Estava o bode lá perto do meu nascimento e nele criei raiz e seu guia me entitulei.

A vida passou e de velho,o bode ficou, mas com ele, a vida de guiou.

Sempre estou com ele, ao menos no coração, por ele sempre lutei

e contra ele apenas seus bloqueios vencerei.

Esse bode é velho mas velho de amigo.


Ciro Pires

O supremo marroquino

Esse posto é importante mas não é legítimo.
A igualdade é intenção, mas os egos não resistem
e o simples ato de uma prosa pode dispertar sentimentos só captados pelo pico de aura suprema que não sendo o melhor, tem a capacidade e a humildade de ser mais um colaborador:
um simples cidadão de marrocos.

Metralhadora Giratória


As canetas giram o seu esfigma e o sentimento é colocado no papel com toda veracidade, mas escondido pela alma das palavras. Quem disse que a tinta não tem vida? Desafio você a ficar ao meu lado, mas não seja sensitivo, porque talvez ficará triste com a própria verdade escondida. Fale! Ou cale-se. E cuidado com a minha caneta.


Ciro Pires

Prosa real

Tem gato na tuba. Tem bala na agulha
Tem coisas a serem ditas que a falta de coragem não deixa
Se não gostas mais de mim, pode falar
que apesar de tudo, eu posso dizer que as coisas que faço
são de coração

Posso magoá-la, mas sempre sincero sou
Aproveitar, jamais.
Me mate agora com seu olhar
que pelo meu, terás amor
O que fiz é pouco para merecer isso
mas se queres assim desse jeito serás,
sempre irei louco ficar.

Ciro Pires

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O POUSO FORÇADO DE UMA BORBOLETA SÓRDIDA

"Boêmia de uma noite estranha
Trouxe a meu quarto uma doce visão"

O pouso Forçado de Uma Borboleta Sórdida

Havia, de fato, uma pequena estranheza naquela situação. Passará alguns minutos que traçarão aquelas duas figuras. O que elas me diziam? Provavelmente, me diziam, com semelhante estranheza, que aquilo não era natural. Cabe a qualquer observador comum achar certo nível de estranheza naquele cenário irreal. Mas também, cabe ao pensador transformar o estranho fenômeno irreal em natural.
O que se passa por irreal aos olhos do observador, torna-se filosóficamente natural visto dos olhos do pensador. Há quem tome o cenário por irreal, esse nada tem em seu imaginário, nada tem, nem um pouco de imaginação.
Perguntaria ao filósofo sobre a imaginação humana e a irrealidade de tal cenário. Diria o filósofo, após alguns minutos de reflexão, que a irrealidade não cabe nas palavras, assim como não cabem em todas as palavras uma imaginação. Pena que sentimentos são tão leves e fluídicos como o vento e as palavras inúmeras e imortais como os anais da história.
O observador olha mas não vê. Enxerga a matéria mas não se lambusa da essência. O filósofo pensa mas não é. Reflete sobre a essência sem absorver de seu conteúdo. O poeta escreve mas não entende. Como pode uma borboleta gigante pousar em uma pequenina árvore seca?
David

DESERTOR

Já não diziam os homens as palavras de outrora, não saciavam-se mais nas vantagens proferidas que jamais eram realizadas, já não faziam uso de vantagens, nem de desejos, nem das coisas materiais. Não realizavam mais feitos extraordinários tão desnecessários à evolução espiritual da comunidade humana na terra.
O gosto natural dos homens em humilhar o semelhante tornara-se desgosto desnecessário. A falácia e o egocêntrismo se tornaram humildes e se transformaram em poder do silêncio e no companherismo autônomo. Pedia-se, em silêncio, mas não em solidão, falavam o necessário, falavam em felicidade, falavam com humor mas não falavam brincando. A felicidade não se acabava porque não falavam dele ou daquele, não falavam de mim ou de meu pai, falavam sem imposição, falavam em união, semente da percepção o fruto era a pura compreensão.
Logo após uma longa conversa que não durava um compasso de tempo, nada tinha em mim, nada oferecia ao próximo, as idéias ilimitadas não se acabam e mal sabemos se um dia começam. Interessante era o desinteresse nas coisas ou nas conversas ou até mesmo com o próximo. O desinteresse era fruto da bondade, não havia desejos nem vontades, o desinteresse não era magoa ou incompreensão, era uma vida sem ilusão, era um momento presente, apenas o estar agora sem desejar ser no futuro sem saudar o passado. Amigos eram todos, não havia vantagens em ser mais ou em estar melhor.
Tenho em mim o meu mundo, aquele no qual a verdade é verdadeira. Mas fui desertor nesse mundo onde hoje não posso mais estar, tenho que voltar a escola, tenho que voltar para cá, só escrevo tais palavras porque estou aqui e aqui tenho que ficar, deixo essas frase para saudar, para saudar os amigos de lá.
(David, o retorno).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A vida é bela

As lapelas olivadas de um ar generoso,
eis aqui uma essencia com alma endiabrada,
pois sem esses perfumes culminantes,
nunca seria descoberto um ar tão limpo e híbrido,
transparente, enche os nossos pulmões que,
cultiva as nossas vidas, por achar um dia melhor que o outro,
pois a vida é pra ser vivida com muito prazer, sexo, e
satisfação de estar dando um "cool" a mais na relação....
Portanto, seja mais breve, faça as coisas devagar, e não
com tanta pressa possível, pois se você acelerar de mais
a sua vida....... vc corre um grande risco estar dando um susto em si
mesmo, praticamente se infartando aos poucos...

Nunca se exceda !!!!!!

gui

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Centésimo post!

Por muito tempo, minha colaboração para este blog foi um tanto quanto "anônima". A começar, pela criação. Depois, entrava escondidinha e corrigia uma vírgula aqui, um acento ali, um "s" no lugar de um "ç", ou seja, bobagens... que não inferem no sentido. Ousava-me um pouco mais nos comentários, mas não muito, apenas marcava a minha presença de leitora.
Enfim, o fato é que aqui estou pela primeira vez como autora também. Vi que esse seria o centésimo post e me “dei essa honra”.

E também eu estou treinando pra ser oradora da minha formatura, estou me acostumando a fazer discursos que fazem as pessoas chorarem, depois vcs me contam se deu certo! ;) hehe

Escreverei ao meu modo, sem rimas, direta e, já vou avisando, quando eu quero, eu sei ser bem piegas!

Então.. lá vai..

Quando criei o "Devaneios" achei que seria apenas um espaço onde teriam poemas divertidos. Que os meninos me perdoem, mas a princípio, não levei muito a sério! Achava que era um passatempo, e que eles mesmos apenas se divertiam escrevendo. Com o tempo, esse espaço se tornou algo maior, e a cada texto, eu podia perceber claramente cada um de vocês. Se por um acaso vcs não assinarem, eu seria capaz de dizer, sem hesitar, qual de vcs escreveu o texto, pois, as palavras, bem, as palavras não significam por si sós. Elas trazem histórias de vidas, personalidades, particularidades e só fazem sentido (no próprio sentido de "senti-las" mesmo) dentro desse universo.

Assim, se por um acaso, um dia eu abrisse o poetasbarrota.blogspot e lá tivesse uma poesia bem ao estilo romântico, com o uso da 2ª pessoa "tu" e "vós", com rimas bem marcadas, figuras relativas à natureza, à Deus e aos conflitos do ser humano..HA! Estamos falando de João Tozzi. Ás vezes, ele varia entre o verso e a prosa, a qual se aproxima dos fluxos de consciência. Mas está sempre lá.. a natureza, os animais, o ser humano, entre o seu aspecto físico e natural, e o conflito ante a inserção social. E quem conhece sabe, isso tudo é muito..muito ‘Jão’!! E quando ele está na sua fase mais introspectiva é o maior colaborador do “Devaneios” e também, o que mais bota fé nele, com planos até de torná-lo um livro. (e por que não?).

Agora, se o “poema anônimo” fosse bem comprido, de versos curtos, com um estilo mais “parnasiano pré-moderno” (eu acabei de criar essa definição! Rss), ou seja, com palavras rebuscadas e com a temática da multiplicidade do “eu”, rima livre, jogos de antíteses e um lirismo extremamente subjetivo - David! Seus textos são até mais difíceis de entender de tão subjetivos. Assim como tudo relacionado a essa pessoa! E a subjetividade é expressa através da descrição das sensações sempre relacionada à natureza. O vento, a brisa, o mar.. Mas depois que vc se acostuma, nem parece mais tão complexo assim, basta ‘trocar uma idéia’ por um tempo que dá pra perceber o quanto dele está nos textos.

Entrou, leu e deu risada: Ciro. Em primeiro lugar, eu sempre saberei que é do Ciro porque o fadiga nunca escreveu seu próprio texto no blog, sempre sou eu que os digito e posto! E o caráter despojado, ingênuo e sem compromisso dos seus poemas mostra bem o Cirinho way of life!

Se for em inglês, é o Marcelinho!! Tão tímido que escreve em língua estrangeira. Freud explica, sabia? Uma das formas de manifestação do inconsciente é através da Língua Estrangeira, é um lugar onde não temos a censura da língua materna. E é através do inglês que o Marcelinho também participa, passando suas mensagens de felicidade e amor.

E se o texto for num estilo mais jornalístico, semelhante a crônica, como este que vos escrevo, é possível que seja o Lu. Chegou recentemente ao Devaneios, mas já mostrou que seu texto, assim como todos os outros, ‘desenha’ sua personalidade.

E até a ausência de participação, revela a personalidade. É o caso do Bodini. Vcs imaginam o Bodini escrevendo um poema? Nunca!!!

Agora.. lembrando de cada um de vcs pra escrever esse texto senti um calorzinho gostoso no peito..de ter, mais uma vez, a certeza de que tenho pessoas especiais a minha volta. Somos em quase 10 pessoas. Muito diferentes uma da outra. E, são tantas as diferenças, mas quando estamos juntos elas parecem se anular! Por que será? Como diria Pagu.."é difícil dizer o porquê das coisas. Mas difícil ainda é saber o porquê das coisas." Mas eu arrisco. As diferenças se anulam ante o que temos em comum: saber que a amizade..ah.. a amizade! é essa que importa. É essa que faz a diferença. E a gente se diverte na praça, na piscina, no Cidão, na balada e estamos juntos mesmo que distante. Porque pra estar junto, é preciso estar do lado de dentro. E eu amo vcs! Muito!

Com carinho..

Suéter! hehe

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Fôlego

Suspirei... erguendo a cabeça me encorajei e pensei...no fundo, ouvi um amigo dizer: ame a vida, ame as oportunidades da vida, ame as suas condições de viver, aproveitando da melhor maneira possível aquilo que em mãos, tens, que o restante se faz naturalmente, surpreendendo o presente a viver. Então, calei e, em profundo pranto, adentrei, refletindo e lembrando dos erros marotos e das possibilidades que conquistei. Lágrimas sinceras do coração em expressão, sentimentos de conforto, um abraço e a emoção. Forças, aí, então, tomei, de dentro do eu dilacerado e arrependido de tempo perdid, caminhei. Mãos amigas me sustentam, me abraçam, me consolam e me falam de felicidades tantas que alguém pode vir a ter. É dificil...me ceguei...além das próprias pálpepras fechadas não consigo ver. Suspirei...mesmo a chorar, conquisto forças para continuar a caminhar...me encorajar. E assim se faz essa vida sagaz na qual me contorno e me formo ser humano aprendiz. Sempre feliz, procurando sorrir e melancolia distrair.

JOÃO TOZZI