"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A ideia do Céu

A vasta luz primeira,

Aquela do anunciar do dia,

Cega o olho

Do antigo morador da imensa noite.

Após os segundos iniciais

As pupilas se fixam na imagem,

O ser se levanta

E começa a perceber.

Ele aprende com o que vê

As tuas escolhas mostram

Os passos a direcionar.

O retorno é bem visto

Quando o caminho

Não o leva a nenhum lugar.

Encontrando a assertiva direção,

A luz já não mais o cega:

Encaminha!

Ele agora é o guia

Dos companheiros míopes.

Nesse momento, entrega-se a solução,

Abençoa e desamarra os nós:

Cura o enfermo adoecido pelo mundo!

Apurando a visão, compreende.

A mente translúcida

Soluciona e cria

Novas “formas de vida”.

O homem, assim, trancende a humanidade.

Se funde: abandona o “eu” e desdobra-se no ser,

Metamorfoseia-se misteriosamente:

Puro sinal de Deus!

Supremo, alcança o caminho infinito do Céu.

(DAVID, 2010)

Caverna do Boi

Vai Boi!

Morrer no pasto

De repente, sua cabeça está na chácara.

Então, em momento alucinante,

Virou metade morte, metade carnaval!

COGUMELOS VOADORES

Que os deixem, então, os pensamentos.

Pois, a viagem está dentro de você!