A vasta luz primeira,
Aquela do anunciar do dia,
Cega o olho
Do antigo morador da imensa noite.
Após os segundos iniciais
As pupilas se fixam na imagem,
O ser se levanta
E começa a perceber.
Ele aprende com o que vê
As tuas escolhas mostram
Os passos a direcionar.
O retorno é bem visto
Quando o caminho
Não o leva a nenhum lugar.
Encontrando a assertiva direção,
A luz já não mais o cega:
Encaminha!
Ele agora é o guia
Dos companheiros míopes.
Nesse momento, entrega-se a solução,
Abençoa e desamarra os nós:
Cura o enfermo adoecido pelo mundo!
Apurando a visão, compreende.
A mente translúcida
Soluciona e cria
Novas “formas de vida”.
O homem, assim, trancende a humanidade.
Se funde: abandona o “eu” e desdobra-se no ser,
Metamorfoseia-se misteriosamente:
Puro sinal de Deus!
Supremo, alcança o caminho infinito do Céu.
(DAVID, 2010)