Pela janela de meus olhos
A razão me escapa
Entre os quadros de meus pensamentos
Na casa ou na escola
Na cidade ao lado
Ou dentro da escuridão
Nas nuvens a plainar
Sobre minha solidão
E eu sem razão
Na favela
Ou no planalto central
Aqui mesmo nesse local
A verdade se perde
E a vaidade se acha
E eu ainda sem razão
As crianças brincam nas praças
Os adultos em depressão
Na política o velho jogo
O povo na decepção
Fico eu em meu quarto
Sem o mínimo de razão
Nem na voz do mais próximo
Encontro a tal razão
Quando em minha própria alma
Ela não vê razão em ter razão
Corro como o vento
Suave e leve
E derrepende
Denso e pesado
Aí simplesmente me precipito
Sobre as ondas do mar
Que em razão do vento
Faz todas as ondas dançarem
A razão pela qual o mar
Ora está em alta
Ora está em baixa
É a mesma razão
Que o homem procura
Para explicar
Sua inconstância
Suas dores d`alma
E eu não vejo razão
Em entender tal situação
Uma vez que,
O mar e o vento
Não procuram pela mesma
Mas às vezes eu
Aqui calado sem razão
Procuro tal explicação
Sentado, olhando o nada
E imaginando o que existe
Por detrás dessa ilusão!
(David – 09/08 – Um dia de aprendizado)
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
quinta-feira, 26 de junho de 2008
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Um comentário:
O David tá em agosto já.. rss
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