"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Filosofando fatos


Mitos, histórias, contos, relatos, narrativas, dentre outras formas de expressão, sempre contagiaram o ser humano que em uma busca frenética por fatos de caracteristicas esteriotipadas em relação a ele mesmo vêm passando esse hábito desde os povos mais antigos dos mais anciões para os mais jovens como por exemplo os gregos, que chamaram o estudo desse hábito de mitologia. Quando esse hábito se concretiza e ao seu redor há razão para tocá-lo de argumentações surgem filosofias como raízes das ciencias que sustentão o estudo acirrado e neutro.
A ciencia que é baseada na investigação racional ou estudo de uma natureza direcionado a descoberta de uma verdade de maneira metódica ou de acordo com um método científico formando um processo para avaliar o conhecimento empírico sempre buscar razões, respostas e conclusões. No entanto há limitação e paradoxos na emição de laudos críticos no âmago da análise da oralidade e memórias. Um exemplo seria analisar autobiografias, não reduzindo a narrativa apenas a fatos mas procurando colocar cada acontecimento dentro de um todo capaz de ser visto por filosofias e psicologias alheias ao mesmo. Se houvesse a possibilidade de uma entrevista ou narrativa oral nas quais juntamente a expressão dos sentimentos, uma vez que recordar e comentar é interpretar e viver, haveria talvez menos necessidade de argumentos convincentes construindo e atribuindo significado a própria existencia e identidade. A subjetividade no entando não deixa de estar presente tanto para o que vivencia de fato o acontecimento interpretando-o como para aquele o qual chega aos ouvidos como narrativa. O que de realmente houvera ocorrido? Por quais motivos foram interpretados de tal maneira? Qual fator foi relevante para que o fato fosse burlando ou não parcialmente de maneira conscinete ou subconsciente no momento da narrativa?
Essa relatividade se torna intensa, questões nascem a todo momento, mentes sugerem o que acham o correto, pensam em demasia, sentem muito pouco e acabam não chegando a uma conclusão sobre a intensidade da vida. Vivem em função dos sentimentos e pensamentos alheios fechando-se aos próprios que forçam a sair constantemente, no entanto, devido a barreira cristalizada pela forma de pensar e agir se acalmam e deixam ao tempo a incubencia da reestruturação e reequilíbrio sentimental. Porém uma coisa é certa, um fato é um fato.

Bibliografia consultada:Perine, M., Mito e Filosofia, PHILÓSOPHOS 7 (2): 35-56, 2002.
João Tozzi 14/05/2008

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