Uma gota de luz e só!
Foi-se as trevas como pó
E só, eu a falar...
Pare e ouça
A voz narrante do trovão
Que voz errante!
Pare e veja
As nuvens de algodão
Suaves a voar...
Céu e solidão
Fogo ardente de paixão
E a moça passou...
Passou ela sem mim
Vou buscá-la agora
Corro, corro, ufa!
Bela morena
Cabelo esparramado
Jogados ao vento
Luz ardente de sol
Brilham só, em seus olhos
Fogo da paixão
Puxa! Eu sem ela
Feito aquarela
Sou pura confusão
Vem para mim
Mostre-me porque veio
Centeio de meu coração
Sou poeta e só!
Não aprendi a ouvir
Por isso escrevo
Escrever é como
Fome. Daí como versos
Palavra por palavra
Sinto sua falta
Sem você agora
Tudo me falta
Vivo preso
Como gota cristalina
Em meio a oceano
Miséria e só
Sem te ver ao menos
Sem te roçar em pelos
Fogo e vento
É intento amigo
Eu sou o fogo
E você é meu vento
Meu alimento!
Sacio-me
Das palavras e de você
Repito o que gosto
De ti, toda
Minha inspiração
E expiração também
Preto e branco
Gelado e calor
Como somos diferentes!
Ó! Obrigado Deus
Diferença é beleza
Puro prazer
Em procurar
Em ti o que a mim
É o desconhecido!
(David – 08/08)
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
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Um comentário:
Linda essa poesia, adorei, é um tipo de escrita que eu gosto muito... Mas, uma dúvida: você escreveu amanhã 08/08? rs Ou isso faz parte da história toda?
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