I
O Sol cai tímido,
Porém caía, ainda forte,
O grande caía lento,
Descia belo, parecia eterno.
Findava a tarde,
Aninciava sua filha,
A lua, que maravilha.
E assim passam-se os dias,
Ao longe vão-se as horas,
Aquele momento fica na história.
Cada minuto que passa,
Vai para nunca mais,
E nós, perdidos nos ponteiros,
Rodamos, rodamos e não nos achamos.
Esperdiçamos, não aproveitamos.
Vislimbro o Tutor do Sistema,
A balança dos mares,
Essa imagem em nossos altares.
II
Manhã serena,
Ar puro, brisa amena,
O céu parece puro,
Seu azul é púrpuro.
Nos primeiros momentos,
Com pensamentos ainda lentos,
Procuro me expressar com talento.
O Sol se faz herdeiro,
Nascendo para o dia,
Trazendo vida ao meio.
Não entendo!
III
Eu em todo esse tempo
Pareço a esmo,
Me torno instrumento.]
Instrumento da natureza,
Sendo amolado pela vida,
Para um dia ser usado.
Que marasmo!
E os sentimentos?
Frações de pensamentos,
Tortuosos e turbulentos.
Esses sentimentos,
Que desconheço,
Que lamento,
Que sofrimento!
Não entendo,
Não sou atento.
Em tempos te quero,
A muito te espero,
Já sinto teu abraço materno.
Como é bom,
Coforta e renova.
Esse perfume que me desconcerta,
Teu sorriso que me encanta,
Tropeço na vida com sua distância.
João 24/07/08
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
quinta-feira, 24 de julho de 2008
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