Em busca da Terra Sem Mal
Procuramos novas terras, outros caminhos...
Içamos vôos em diversos planos
Rasgamos a estrada que corta o mundo
Levitamos ao tomar o vinho dos deuses
Essa busca é a própria viagem
Sem sentido ao homem-cotidiano
É a forma mais pura de vida ao homem-pássaro
Que em plenitude toca o infinito
Nossa viagem não se mede em tempo
Ela se estende do nascimento a morte
Da vida real ao pensamento
Da viagem carnal a viagem astral
O homem-viajante é seu próprio caminho
Dificilmente sabe a hora de parar
Leva na bagagem o pensamento leviano
Percorrendo o espaço terrestre
Como onda escorregando no mar
O viajante é pessoa de sorte
E a sorte é a mãe do viajante
Ela nos diz que não há o que erguer nesse mundo:
Nem palácios, nem igrejas, nem impérios...
Há que ser – “Ser e existir”
Existir é tua melhor sorte
Existir plenamente em todos os lugares
Não como usurpador de tua gente
Mas como singelo viajante
Que humildemente se desprende dessa vida
E alça vôo por incertos caminhos.
(David – Março de 2010)
Obs: Homenagem a todos os viajantes desse mundo e principalmente ao maior deles, o mestre Hermann Hesse!
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
quarta-feira, 24 de março de 2010
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