A vontade me faz um ser sagaz, a carne domina
frágil espírito, na luta da vida, vida de paz.
Vontade que bate, momento insano,
inseguro me torno para um saboroso copo.
Bel prazer, invade e conquista, a mente
invigilante como um grande golpista.
Aves no céu, voando ao redor,
minha cabeça dopada muito doe.
A falta de água se faz verdade,
em um corpo sedento malte.
O álcool corroe, isolante nervoso,
mielina protetora se desfaz como um todo.
Apegado estou, prazer é imenso,
do amor a dor, meu "eu" sonolento.
Grande força me bate, como grande tacape,
gravidade imensa sobre minha cabeça.
O chão me socorrre como maca médica,
ali eu deito e torno um débil.
Noite a fora vendo estrelas,
a elas pergunto por que tanta fraqueza.
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
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Um comentário:
Fraqueza.. tantos sentidos podem ser depreendidos dessa palavrinha!!! Tanto que rendeu até um poema..
muito bom, Jão! gostei!!!
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