De todos aqueles que nos antecedem,
Nos ramos da gingantesca árvore da vida,
Que divide a grande diversidade filogenética,
O homem, se auto classifica o racional.
Olha para baixo, como se a querer ver formigas,
Formigas em seus pés.
Olha para os lados, como a procurar,
Procurar por algo para disputar,
Envaidecer e ainda grande se fazer.
Não tem capacidade de igualdade,
Ignorando o compromisso social,
De manter o mesmo direito a vida,
Que a ele se dedica.
A igualdade se vai,
E em demasia, se acha em grande partida.
O introspecto se multiplica,
Como estruturas funcionais carcinogênicas.
Não percebe limites,
Não os vê, muito menos crê,
Que para tudo se deve manter,
Equilíbrio e mútuo respeito.
Ao saturar de ignorância,
E muito chorar pelo sofrer,
Espera nessa estado,
o despertar consiencial.
Percebe que o que o engrandecia,
Hoje é fútil e sem valor.
Habilidades novas vão surgindo,
Naquele que quando criança,
Apenas sofria.
Amar, amar, amar,
O que mais se pode esperar,
De uma vida sem sentido,
Sem estímulo, de muito martírio?
Amar e amar, esse o grande despertar,
Esse o grande desafio a superar.
Chorar, não mais, sofrer,
só se por não conseguir ajudar.
Amar, não mais chorar,
a não ser por um amigo levantar.
Chorar, não mais.
Soluços... a paz está a chegar!
Quero mais que tudo,
Meu ser dominar,
Sem que haja mais o chorar.
Lágrimas da tristeza,
Quando essa chaga curaremos?
Ao amar, sentirá, o balsamo salutar.
Quando ama, se doa,
Quando se doa, se esquece,
Quando se esquece,
Se engrandece e,
Ao engradecer, se fortalece,
E quando forte, não mais a vida pela sorte.
João 08/março de 2009
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
domingo, 8 de março de 2009
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