"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

sábado, 29 de março de 2008

Será que há razão?

Textos, textos, livros e capítulos, todos um a um esmiuçados, palestras e aulas sobre a reforma. Vigilância aparente com os atos a serem extintos e num piscar de olhos cá estamos nos traindo, traindo todas as teorias aparentemente interiorizadas, mostrando a nós mesmos que ainda não passamos de meros aprendizes incapazes de controlarmos nosso orgulho e arrogância, incopreensíveis da opnião alheia. Explosivos perante a palvra e opnião do próximo como se fossemos donos de uma verdade relativa a cada nível de compreensão e ainda sabendo de tudo isso nos tornamos fúteis "semi-deuses" perante àquele que nada têm de diferente de nós. Pedimos forças para as provas, coragem para o desconhecido, paciência para a incompreensão, capacidade de luta contra o orgulho e quando recebemos a oportunidade de aplicar o conhecimento teórico às provas dos aprendizados fechamos os olhos e nos tornamos aquilo que sempre fomos, cristalizados em vícios doentis e animalizados. No entanto, bendita seja a oportunidade da reflexão tardia, tardia porém existente, que nos mostra onde caímos, onde erramos e a qual "defeito" devemos doar mais de nossa atenção e vigilância. Bendito estágio de desenvolvimento moral que nos permite um mínimo de humildade para repensarmos e nos retratarmos com algo feito e não aprovado posteriormente. Seja esse o instrumento pedagógico Universal, seja esse o método pedagógico da Natureza, sempre nos levando a um aperfeiçoamento físico e espiritual, mas pasmem àqueles que apenas vêem a carne, apenas enchergam a unicidade da vida como finda ao corpo. Para todos eles cegos, que sua "razão" os leve a abertura dos olhos do espírito, que os levem a transcendência da visão viciada da vida única. Que vejam racionalmente, que questionem a vida sem o preconceito aos dogmas e filosofias, que questionem sempre abertos a novas informações, que se façam como parte da natureza, sempre ápta às mudanças com o intuito de manutenção da vida. Que a vida faça deles pessoas novas, que a vida faça de nós verdadeiros seres humanos dígnos de recebermos o nome Homo sapiens sapines, o homem que pensa.

João Tozzi, 30/03/2008

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