"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A INSUSTENTÁVEL GRANDEZA DO SER

Toda grande muralha,
Por maior que seja,
Um dia desmorona.

Vimos isso na história antiga
E também, na mais recente
Mente aquele que diz ser para sempre
Sempre é mudança.

Toda construção
Deve ter base
Ter união

A grandeza se mede
A leveza: sente-se!
Cairão sistemas,
Religião,
Até mundos!
Não cairá
A energia
Que sempre regará
O homem como planta!

Inércia: aqui estamos!
“Estáticos na força dinâmica”
O tempo é longo
As mudanças; nem tantas assim.

Sentado (na inércia) perceba!
O movimento a revelar-te
Aquilo que te falo agora
Verá dinâmica na inércia
E pensamentos que vagam
Querendo encontrar-se

O operário trabalha
E vê a obra realizar
Não se importa, nem se incomoda
Faz por que sabe
E sente-se bem

Pior os que se importam
Verá seus castelos caírem
Como o Feudalismo
E o muro de Berlim

Cairão todos
Tudo!
Romperam os estigmas de outrora
Recordar-se-ão os Historiadores?
Histórias constroem-se
Sozinhas
Nas mãos de muitos!

Sentado vejo barquinho
Derivar sobre a eterna inércia do Oceano
Lá se vai ele
A procura de sabe-se o que... Aonde?
Vai embora
Naquele lado
Outra grandeza vai encontrar

Quanto maior mais difícil
E insustentável
Sustente-se
Na leveza
Na harmonia
E busque aquilo
Que é principio
Em todas as coisas!

(David – 2010)

Nenhum comentário: