"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

LAGO (OU ÁGUAS) DOS SABIÁS

Brincam sobre as águas

Por onde parecem nadar os sabiás.

Mesmo banhando os meus olhos

É assim que se divertem os sabiás.


Nobre lago de mil encantamentos

Em suas margens quantas memórias

De um passado que resiste e insiste

Em se mostrar pelo balé aquático dos sabiás.


As idéias e as lembranças são eternas

Pois presenciaram e construíram a história.

O lago, os campos, as cidades, todos os lugares,

São eternos porque são feitos de memória.


Lago que se faz eterno pelo prisma do sabiá

Mesmo que morras ou desapareça um dia

Saibas que a mim tem seu lugar

Em todas as casas de minha memória.


Homenagem as lembranças de um passado que vive, mas não pode mais se mostrar ao observador do presente. Homenagem ao laguinho da FCT-UNESP, quantas histórias...

(David 2008)

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