"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Soneto ao tempo

O tempo só é pensado, a tempo

Medido por ritmo ele é poesia

Corre ao vento, transforma dor em acalento

Aquele que antes chorava, ontem sorria.


De pensar... Passou o momento

De relance lancei-me no espaço

Por que não sonhar? Perder esse sentimento!

Retornar ao presente? Deixe-me eu mesmo faço!


De dia vejo as coisas acontecerem

O sol é que faz, alumia todos os afazeres

É um desconforto, há uma falta de paz.


De noite o sonho faz amortecer

A lua não deixa acontecer às trevas aparecer

Então, vivo nesse eterno tempo, nesse constante renascer.


(DAVID – 12/10)

Um comentário:

Sue Ellen disse...

Caramba, David! Um soneto quase perfeito!!!! ahazou!!!!!