"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)

domingo, 22 de julho de 2007

Cerrado marcado

Cai a chuva no cerrado, assim então eu mato,
a sede incontrolável que com suor suportava.
Mandacaru forte e robusto, na seca do cerrado,
em baixo d'água refrescava, com alegria e espasmos.

Gado sofrido, com a água bebida de alegria mugia.
Água que caia, no solo sumia, se enterrava e sustentava,
lençol pequenino que no fundo crescia.

Comida não tinha no cerrado sofrido,
a palma então no almoço comia.
Sofrimento, some perante pão bento, que
de um trigo amigo, crescido e colhido se fazia.

Sol escaldante, queima e desgasta,
aquele que no cerrado marcado diz basta.
Marcas de lágrimas, superações incontáveis,
daquele que um dia no calor abominável calava.

Um comentário:

Sue Ellen disse...

vc percebeu que se a primeira estrofe tivesse um verso a menos, seria um soneto?
tá ficando barrota..
Bjus!