Ouço, dizem por ai,
e em um tal poema,
falar da desordem eu ouvi.
Sem muitas delongas falava-se dela,
sem muitas rimas citava-a como bela.
Com muito intusiasmo
se fez poeta nato,
e sobre a desordem natural,
se tornou um grande magistral.
Falava-se das rimas,
como supercifiais eram ditas,
no entanto caro amigo,
essa supercífie traduzida,
em rimas bem dizidas,
ainda fala sua escencia em grande categoria.
A natureza e a desordem,
pra você é o que predomina,
no entando ainda esquece,
da grande Lei de Harmonia.
Consegue ver o que teus olhos mostram,
a supercífie camuflada e desorganizada,
ficando cego para a ordem que na natureza é nata.
Átomos em atração e repulção,
seguindo em grande razão,
respeitando sempre a Grande Lei,
traduzida por Newton nosso irmão.
Desorganização, entre os pássaros ninho,
cego fico então, pois alí só se manifesta uma grande organização.
Se assim o fosse, desordem de prévia visão,
como haveria vida então?
Se livro em prateleiras te mostram desorganização,
uma coisa ainda é certa, cabe ao homem essa correção.
Livros em prateleiras a esconder obras do Pessoa irmão,
colocados, lá estão pelo ser humano fanfarrão.
A naturaza é grande sábia, sua Lei é imutável,
devido sua organização, conseguimos aprender,
em vida, grande lição.
Caro amigo, sejamos sempre,
como sanguem que nutre sua mente,
sempre, como o corpo organizado,
onde te fez materializado,
sempre organizado, para que assim,
aprenda fácil, que na natureza,
tudo ser fez organizado.
João Tozzi
"Aqui ninguém é louco. Ou então, todos o são." (Guimaraes Rosa, Primeiras Estórias)
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2 comentários:
Vou comentar os dois ultimos poemas ok..
Primeiro, me surpreendi. Muito. Os poemas estão cada vez melhores.. se olharmos lá no começo, dá pra notar uma maturidade intensa.. tanto quanto a forma, o lirismo, o sentido... os dois já têm estilos próprios! E a referência a Fernando Pessoa veio bem a calhar.. ele, que por muitas vezes questionou o desconcerto do mundo..
O desconcerto encontrado por aqueles que procuravam uma ordem. Tal ordem que, de repente, mostrou-se bela pelos olhos do poeta.
E eu, que sempre procuro a ordem em tudo..a explicação, a justificativa.. pude me questionar.. pra que procurá-la, se a beleza está mesmo no contrário?
O Jão tem ótimos argumentos, e seu poema se alinha com sua personalidade, assim como eu, procurando sempre uma ordem..
e, por fim, existe afinal uma verdade? creio que ela está nos olhos de quem a cria..
aii escrevi demais!
Parabéns, meninos!
Mais o que mais gosto na desordem
É saber que nela há uma grande ordem
Cada coisa desordenada corresponde a uma ordem
Dentro de uma falsa bagunça (David, fragmento do poema passado)
jão seu barrota certinho o que vc disse, mais esse frag. do poema mostra um pouco do que quis dizer com tudo aquilo.
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